quarta-feira, 26 de novembro de 2014
O PT tem apenas um operador no mar de lama da corrupção na Petrobras.
João Vaccari Neto é lula sugando toda a propina para financiar
campanhas eleitorais e comprar apoios no Congresso. Já o PMDB é polvo.
Tem vários tentáculos sufocando os cofres da estatal em busca de
dinheiro público roubado para os principais caciques. Leia abaixo
matéria do Estadão.
O PMDB tinha uma rede de operadores na Petrobrás para desviar
recursos de contratos com empreiteiras, segundo as investigações da
Operação Lava Jato. Ao contrário do que ocorria com o PP e o PT, no PMDB
havia várias frentes que se beneficiavam do esquema, cada uma com seu
interlocutor nas diretorias da estatal.
As investigações indicam que o modelo peemedebista na
Petrobrás reproduzia a organização descentralizada do partido, loteado
por diversos caciques, e principal aliado do governo. Cada operador
atuava para um padrinho, reportando-se a uma pessoa ou grupo de poder, e
não à legenda como um todo.
Em depoimento à Justiça, o ex-diretor de Abastecimento da
Petrobrás Paulo Roberto Costa admitiu que além de operar para o PP, que o
indicou ao cargo, também passou num determinado momento a atender o
PMDB. O ex-diretor disse que começou a repassar dinheiro a peemedebistas
após acordo para permanecer no cargo. A barganha foi a saída encontrada
por ele para conter investida de uma ala da legenda, que se articulou
para derrubá-lo da cúpula da companhia petrolífera.
A negociação com o PMDB ocorreu quando Costa se afastou por
meses do cargo para tratar uma doença adquirida em viagem à Índia.
Segundo interlocutores, após voltar ao Brasil, o então diretor teve uma
infecção generalizada e chegou a ser desenganado pelos médicos.
Aproveitando-se da vacância, uma ala do partido teria se articulado para
substituí-lo pelo ex-gerente executivo Alan Kardec.
No depoimento, Costa contou que, depois de recuperado, esteve
em Brasília e costurou o apoio à sua manutenção no cargo com um político
do PMDB. Nessa época, o então deputado José Janene, seu padrinho, já
estava enfraquecido por causa do seu envolvimento com o mensalão. Paulo
Roberto precisava do PMDB para continuar no cargo.
O PMDB também tem negado envolvimento do partido no esquema.
Costa dirigiu a área de Abastecimento e Refino da Petrobrás de 2003 a
abril de 2012.
Baiano. Segundo as investigações,
paralelamente, outro grupo do PMDB também se beneficiava do esquema por
meio do consultor Fernando Soares, o Fernando Baiano - que está preso na
superintendência da Polícia Federal no Paraná e teve R$ 8,5 milhões
bloqueados nas contas de duas de suas empresas. A defesa nega que ele
tenha participado de esquema de corrupção na estatal. A força-tarefa da Lava Jato, porém, concluiu que Baiano tinha
influência na Diretoria Internacional, comandada até 2008 por Néstor
Cerveró.
No PP e no PT o esquema tinha operadores únicos, que atuavam
para atender aos partidos como um todo, conforme os investigadores. No
caso do PP, o operador era o doleiro Alberto Youssef, um dos delatores
do esquema de corrupção na petroleira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário