sábado, 6 de dezembro de 2014

Porto em Cuba pago pelo BNDES pode ter dado R$ 3,6 milhões em propina para o PT.


Dilma festeja a inauguração do Porto de Mariel, em Cuba, aplaudindo o ditador assassino, acostumado a matar a sangue frio, Raul Castro.
 
 
Uma planilha apreendida no escritório do doleiro Alberto Youssef, que lista 747 obras de infraestrutura de 170 empresas, a maioria empreiteiras, é um dos principais indícios que levam o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, a suspeitar que o esquema criminoso que desviou recursos de obras da Petrobras alcança outros setores da administração pública. Usada pelo doleiro para acompanhar suas negociações e projetos em andamento, a planilha lista valores que, somados, chegam a R$ 11,5 bilhões — 59% das obras têm a Petrobras como cliente final.
 
 
Num despacho em que negou a revogação da prisão preventiva do executivo Erton Medeiros Fonseca, presidente da Divisão de Engenharia Industrial da Galvão Engenharia, Moro afirma que a apreensão da planilha é “perturbadora” e diz que “o esquema criminoso de fraude à licitação, sobrepreço e propina vai muito além da Petrobras”.
 
A lista de Youssef, a qual O GLOBO teve acesso, é formada basicamente por empreiteiras citadas e investigadas na Operação Lava-Jato por obras com a Petrobras. Os projetos pertencem a setores como aeroportos, irrigação, energia, mineração, transporte e saneamento básico, a maioria feita com recursos federais e, em muitos casos, tocada por governos estaduais. O juiz frisa que é necessária uma “profunda investigação” para que se confirmem as suspeitas de novas irregularidades. 
 
Além de obras no Brasil, a planilha lista obras realizadas no exterior por construtoras brasileiras, incluindo o Porto de Mariel, em Cuba, que recebeu financiamento do BNDES de cerca de R$ 1 bilhão. O valor anotado em relação a esse projeto é de R$ 3,6 milhões.
 
 
O nome de uma empreiteira brasileira, investigada na Lava-Jato, também aparece vinculado a obras no Uruguai e na Argentina. Na lista há ainda outras duas empresas, uma de engenharia, associada a uma unidade de gás no Equador; e outra citada por uma obra em Angola. 
 
A planilha não é o único documento que levanta suspeita sobre financiamentos a obras no exterior. A Polícia Federal identificou visitas do advogado Alexandre Portela Barbosa, da construtora OAS, ao escritório do doleiro Alberto Youssef logo após ter retornado de viagens a países da América Latina. 
 
 
No dia 16 de setembro de 2013, Barbosa esteve no escritório do doleiro, onde ficou por cerca de 50 minutos. No dia seguinte, ele embarcou num voo com destino a Lima, a capital peruana. No dia 16 de janeiro passado, Barbosa chegou ao Brasil, vindo de Lima, e, no dia seguinte, foi até o escritório de Youssef: chegou às 14h02m e saiu às 15h31m. Preso temporariamente, Barbosa foi libertado, e não há informação de que tenha colaborado com a investigação. A suspeita é que as viagens estejam ligadas a pagamentos de propinas no exterior.(O Globo)
 
 

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