segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
13 ESCÂNDALOS DE JAQUES WAGNER FAZEM SUCESSO NA INTERNET
Manoel Vidal
Faz sucesso nas
redes sociais, nas trocas de e-mails e em diversos sites e blogs um
texto relacionando os 13 escândalos do governo da Bahia, conduzido pelo
petista Jaques Wagner, que será nomeado ministro da Defesa no próximo
dia 1º. Confira a lista, que até agora não sofreu contestação pelo
governador nem pelo partido:
ESCÂNDALO Nº 01: Wagner contrata ONG de aliado para fornecer mão de obra à saúde: O
governo da Bahia firmou contratos sem licitação na área da saúde no
valor de R$ 272 milhões com ONG ligada a aliado político de Wagner.
Segundo o TCE, R$39 milhões desse montante foram superfaturados. Os
contratos são para fornecimento de mão de obra médica, assinados após
dispensa de licitação entre a Secretaria Estadual da Saúde e a Fundação
José Silveira, no período de 2007 a 2011. A fundação teve como
superintendente, de 1997 a 2008, o deputado federal Antônio Brito (PTB).
Hoje, a mulher dele, Leila, ocupa o cargo. O PTB apoiou Wagner em sua
eleição para governador, em 2006.
Na Secretaria de
Saúde, o pagamento tinha o aval do diretor-geral Amauri Teixeira (PT),
hoje também deputado. Dos R$272 milhões de 2007 a 2011, o relatório
aponta que o governo da Bahia pagou indevidamente R$ 39,2 milhões, que
correspondem aos encargos ao INSS que a fundação não precisa pagar.
ESCÂNDALO Nº 02: Wagner envolvido no lobby para trocar o sistema BRT pelo VLT – Os
governadores Wagner (PT-BA) e Silval Barbosa (PMDB-MT) capitanearam o
lobby para que nas cidades de Salvador (BA) e Cuiabá (MT) pudesse ser
trocado o BRT (ônibus em corredores exclusivos) por sistemas mais caros e
demorados, como metrô e VLT, o Veículo Leve sobre Trilhos.
A assessoria do
governador Jaques Wagner (BA) defendeu as mudanças, dizendo que eram
tecnicamente adequadas e informou que um técnico entraria em contato com
a imprensa para explicar as mudanças. Todavia o técnico jamais
apareceu.
Essa mudança foi o
que originou o escândalo envolvendo o então ministro das Cidades, Mário
Negromonte. O círculo do peculato e da corrupção fecha-se quando se sabe
que Negromonte seria afilhado político de Jacques Wagner, responsável
por sua escolha.
ESCÂNDALO Nº 03: Wagner contrata ONG por 13 milhões para dar palestra sobre o pré-sal – O
governo de Jaques Wagner é um dos mais envolvidos com gastos
escandalosos e obscuros. Só como exemplo, o governo chegou a gastar R$
13 milhões para que uma ONG ministrasse palestras sobre o pré-sal no
interior do Estado, sem que se conheça em quais locais foram ministradas
tais palestras.
ESCÂNDALO Nª 04: Secretaria faz convênio com ONG para construir unidades habitacionais nunca entregues – A
ONG Instituto Brasil, firmou com a Sedur um convênio no valor de R$
17,9 milhões para a construção de 1.120 unidades habitacionais em 18
municípios. O coordenador do Movimento Sem Teto da Bahia, João da Hora,
pediu à Assembleia para investigar a não construção de 400 casas na
região de Irecê.
Foram descobertas
pelo Ministério Público da Bahia, por exemplo, a existência de 39 notas
frias, num valor total de R$ 3,7 milhões, usadas para justificar
serviços, compra de produtos e obras não realizadas.
ESCÂNDALO Nº 05: No sistema de licitação na Bahia, só ganha Odebrecht, OAS e Camargo Corrêa – No
curioso ’sistema de licitação’ da Bahia, sempre Odebrecht, OAS e
Camargo Corrêa ganham. E todos os projetos acabam (se acabam) com
atrasos, erros técnicos e aumentos astronômicos no orçamento final, sem
punições.
ESCÂNDALO Nº 06: esposa de Wagner é funcionária fantasma do TJ-BA, com salário de 14,6 mil – Além
de Maria De Fátima Carneiro De Mendonça, a primeira-dama do estado da
Bahia, também aparece o nome de Maria das Mercês Carneiro de Mendonça.
Diante do alto salário de Maria das Mercês, que tem o mesmo sobrenome da
esposa do governador Jaques Wagner, a pergunta que precisa ser
respondida pelo chefe do Executivo Estadual é se elas são irmãs ou não.
Ou se existe algum grau de parentesco.
- Maria de Fátima Carneiro de Mendonça (enfermeira, esposa de Jaques Wagner). Locação: Coordenação de Assistência Médica – Salvador. Cargo: Assessora de Supervisão Geral. Salário: R$ 14.632,88 (Bruto).
- Maria das Mercês Carneiro de Mendonça. Locação: Coordenadoria da Infância e da Juventude -Salvador. Cargo: Técnico nível superior. Salário R$23.702,72 (Bruto). Salário de um Desembargador R$ 23.995,40.
ESCÂNDALO Nº 07: Nome de Wagner é citado na Operação Porto Seguro – Alvo
da ação, a chefe de gabinete da presidência, Rosemary Noronha, fez a
ponte para uma reunião entre Wagner e o empresário Alípio Gusmão,
conselheiro da Bracelpa, entidade que reúne os produtores de papel e
celulose. Gusmão está preso.
ESCÂNDALO Nº 08: Interesse de Wagner em criar pedágios – Quando
o PT assumiu o governo da Bahia pela primeira vez (2007), existia
apenas uma praça de pedágio no estado. Quando o governo anterior
anunciou a construção da praça, o então deputado federal Jaques Wagner
fez um discurso na Câmara (10 de maio de 2001) com duras críticas à
decisão. Dez anos depois, o governador mudou de opinião e, incentivado
pelo prefeito Luiz Caetano, resolveu instalar mais 12 pedágios no
Estado. Somente no sistema da BA-093, são cinco novas praças. É
importante ressaltar que este sistema faz a ligação entre os principais
polos industriais da Bahia.
ESCÂNDALO Nº 09: Wagner cria cartão corporativo – A
criação do Cartão Governo, o cartão corporativo do estado, para
substituir às contas de suprimentos e para o pagamentos de pequenas
despesas, cujo convênio foi firmado pelo governador Jaques Wagner com o
Banco do Brasil, é mais uma fonte de desvio de recursos nunca
explicados, a começar pela falta de transparência no uso destes cartões.
Sob o argumento de
“segredo de Estado”, o governo Wagner utiliza os mesmos métodos do
governo federal governo que se diz republicano, democrático e
transparente, usa um método pouco confiável e nada transparente para
efetuar pagamentos do governo e cujos gastos não podem ser acompanhados
pelo Legislativo. Além do pagamento de contas nada ortodoxas, os cartões
corporativos ainda permitem saques em dinheiro, que não deixam rastro
dos gastos.
ESCÂNDALO Nº 10: Acesso ao serviço público apenas pelo regime do REDA – Apesar
de ter sido um dos temas de campanha a crítica que o PT e seu candidato
faziam ao acesso ao serviço público pelo regime conhecido por REDA
(contratação temporária) nos governos carlistas, após a ascensão de
Wagner ao governo, ninguém ouve falar em concurso público. Só se entra
no Estado pelo REDA. Interessante que inovaram, criaram uma seleção
fajuta, onde os indicados por bilhetes políticos não conseguem ser
reprovados. E além do REDA, ainda criaram os tais PSTs, contratos
temporários utilizados em larga escala nos períodos eleitorais. Os dois
regimes precarizam as relações trabalhistas e servem como obstáculo às
reivindicações dos servidores efetivos.
ESCÂNDALO Nº 11: Entrega da saúde pública a exploração de ONGs – Este
é outro escândalo que precisa ser averiguado, quais interesses estão
escondidos por trás deste jogo. Não se entende o Estado investir na
construção de hospitais, equipá-los e depois num jogo de carta marcada
entregar a sua “exploração” a ONGs ou instituições amigas, repassando
fortunas a estas organizações.
ESCÂNDALO Nº 12: O jogo de abafa do rombo da EBAL – Quando
assumiu o governo do Estado, os novos dirigentes descobriram um rombo
escandaloso na Ebal, que à época acusaram ser comandada pelo então
conselheiro do Tribunal de Contas, o ex-deputado e vice-governador Otto
Alencar. Na Assembleia foi criada uma CPI que apurou os desmandos e
chegou à conclusão de comprovação dos fatos. Mas foi só Otto Alencar
aderir ao governo Wagner que tudo foi jogado pra debaixo do tapete dos
escândalos sem satisfação à sociedade pelo PT. Ninguém foi punido, pelo
contrário, alguns dos envolvidos hoje fazem parte do governo Wagner,
inclusive Otto Alencar, que novamente é vice-governador.
ESCÂNDALO Nº 13: Caso das comissões da Agerba – Ainda
tendo o PMDB como aliado, surgiu na Agerba, órgão responsável pela
concessão das linhas de transporte intermunicipal e pela sua
fiscalização, o escândalo das propinas. Fizeram um drama, afirmaram que
tudo seria apurado e que a sociedade seria informada das medidas
tomadas. Passado alguns meses, mais um escândalo do governo Wagner foi
para a lata do lixo. Alguém foi punido? Alguém sabe o que aconteceu com
as apurações.
E Jaques Wagner será o novo ministro da Defesa.
http://tribunadainternet.com.br
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