O
único ato que, em pleno dia 1º de janeiro, tinha a obrigação de reunir
dezenas de milhares de pessoas era a posse da presidente reeleita Dilma
Rousseff, que, segundo o UOL, falou
para apenas 6.000 pessoas (lê-se: militantes petistas) na Praça dos
Três Poderes, embora o PT esperasse os 30.000 que supostamente estiveram
presentes em 2011.
Na foto aérea de Sérgio Lima (Folha) que expõe o fracasso de público, 6.000 ainda parece um número exagerado:
Cientes de que o povo está mais para a ‘ressaca’ no primeiro dia do ano, os grupos que organizaram os protestos anti-PT de novembro e dezembro promoveram apenas atos simbólicos de divulgação, conforme anunciado em primeira mão neste blog.
No Rio de Janeiro, um avião passou cinco vezes pelas praias de Zona Sul, Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeiras, com a faixa de mídia aérea “Petrolão: ela sabia”, em referência ao conhecimento de Dilma da roubalheira na Petrobras, conforme denunciado pelo doleiro Alberto Yousseff, noticiado por VEJA e ratificado por editorial do Estadão.
Em Florianópolis, a mesma denúncia aérea foi feita por meio de um balão.
Em Maceió, o Movimento Brasil Livre fez um adesivaço e colocou faixas nas avenidas mais movimentadas da cidade:
Em São Paulo, o MBL promoveu uma simulação bem-humorada da cerimônia de posse com manifestantes caracterizados como Dilma e Lula e também como militantes apoiadores do PT a bordo de um carro alugado, conversível e azul, que saiu da Praça Oswaldo Cruz, no Paraíso, e seguiu em direção à Petrobras, localizada no número 901 da Avenida Paulista.
Após a chegada no prédio de empresa estatal, envolvida em denúncias de corrupção, o coletivo fez um discurso. “Nosso objetivo era fazer como se Dilma estivesse tomando posse da Petrobras”, declarou Beatriz Estradé, uma das integrantes do grupo, à VEJA São Paulo.
Mas é claro que a imprensa não ia perder a chance de tomar uma simulação bem-humorada no primeiro dia do ano como uma verdadeira passeata que fracassou em reunir multidões. Veja a manchete indigesta do Estadão:
Em vez de chamar a atenção para a comicidade da caricatura, o Estadão considerou notícia o suposto fracasso numérico do ato – só porque uma suposta manifestante mal informada esperava encontrar mais gente.
Ou seja: se há 8.000 pessoas em um verdadeiro protesto, o Terra diz que há dezenas (pedindo intervenção militar, é claro). Se há pouco mais de uma dezena em uma perfomance, o Estadão chama a atenção para o número. De um modo ou de outro, os protestos anti-PT estão fadados a ter dezenas de pessoas em inevitável fracasso, de acordo com a imprensa chapa-branca.
Cuidado, manifestante! Se você sair à rua fantasiado de botijão de gás em deboche à roupa da presidente Dilma na posse, é capaz de o jornal estampar a notícia: “Protesto contra Dilma reúne 1 pessoa na avenida Paulista”.
Felipe Moura Brasil ⎯ http://www.veja.com/felipemourabrasil
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Na foto aérea de Sérgio Lima (Folha) que expõe o fracasso de público, 6.000 ainda parece um número exagerado:
Cientes de que o povo está mais para a ‘ressaca’ no primeiro dia do ano, os grupos que organizaram os protestos anti-PT de novembro e dezembro promoveram apenas atos simbólicos de divulgação, conforme anunciado em primeira mão neste blog.
No Rio de Janeiro, um avião passou cinco vezes pelas praias de Zona Sul, Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeiras, com a faixa de mídia aérea “Petrolão: ela sabia”, em referência ao conhecimento de Dilma da roubalheira na Petrobras, conforme denunciado pelo doleiro Alberto Yousseff, noticiado por VEJA e ratificado por editorial do Estadão.
Em Florianópolis, a mesma denúncia aérea foi feita por meio de um balão.
Em Maceió, o Movimento Brasil Livre fez um adesivaço e colocou faixas nas avenidas mais movimentadas da cidade:
Em São Paulo, o MBL promoveu uma simulação bem-humorada da cerimônia de posse com manifestantes caracterizados como Dilma e Lula e também como militantes apoiadores do PT a bordo de um carro alugado, conversível e azul, que saiu da Praça Oswaldo Cruz, no Paraíso, e seguiu em direção à Petrobras, localizada no número 901 da Avenida Paulista.
Após a chegada no prédio de empresa estatal, envolvida em denúncias de corrupção, o coletivo fez um discurso. “Nosso objetivo era fazer como se Dilma estivesse tomando posse da Petrobras”, declarou Beatriz Estradé, uma das integrantes do grupo, à VEJA São Paulo.
Mas é claro que a imprensa não ia perder a chance de tomar uma simulação bem-humorada no primeiro dia do ano como uma verdadeira passeata que fracassou em reunir multidões. Veja a manchete indigesta do Estadão:
Em vez de chamar a atenção para a comicidade da caricatura, o Estadão considerou notícia o suposto fracasso numérico do ato – só porque uma suposta manifestante mal informada esperava encontrar mais gente.
Ou seja: se há 8.000 pessoas em um verdadeiro protesto, o Terra diz que há dezenas (pedindo intervenção militar, é claro). Se há pouco mais de uma dezena em uma perfomance, o Estadão chama a atenção para o número. De um modo ou de outro, os protestos anti-PT estão fadados a ter dezenas de pessoas em inevitável fracasso, de acordo com a imprensa chapa-branca.
Cuidado, manifestante! Se você sair à rua fantasiado de botijão de gás em deboche à roupa da presidente Dilma na posse, é capaz de o jornal estampar a notícia: “Protesto contra Dilma reúne 1 pessoa na avenida Paulista”.
Felipe Moura Brasil ⎯ http://www.veja.com/felipemourabrasil
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