Para fechar com chave de ouro seu mandato, Agnelo Queiroz ignora prioridades da sociedade e remaneja dinheiro para festa
Publicado: 30 de dezembro de 2014 às 12:14
Para realizar a festa de fim de réveillon na Esplanada dos
Ministérios o Governo do Distrito Federal cortou verbas importantes. O
orçamento inicial informado pela Secretaria de Turismo era de R$ 2
milhões, com alguns ajustes, ele ficou em R$ 1,6 milhões. Entre as
atrações principais, a dupla sertaneja Thaeme e Thiago e o cantor de
Funk MC Gui.De acordo com levantamento feito pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) o dinheiro destinado para alimentação de presidiários, reforma de escolas, manutenção de podas, transporte de alunos da educação especial e atendimento a vítimas de agressão doméstica.
Segundo informações do Diário Oficial os valores cortados são:
Fornecimento de alimentação para presidiários R$ 165.043;
Reformas de unidades de ensino fundamental R$ 220.989;
Manutenção de áreas urbanizadas e ajardinadas R$ 1.168.652;
Transporte de alunos de unidades de educação especial R$ 2.439;
Manutenção das unidades de atendimento à vitimas e ao agressor da Secretaria da Mulher R$ 30.025;
Manutenção do Sistema socioeducativo R$ 1.808.952;
Manutenção e funcionamento dos conselhos tutelares R$ 234.469;
Manutenção de educação infantil R$ 44.584;
Manutenção de serviços administrativos gerais R$ 413.543 e
Implantação de programas comunitários e sociais R$ 20.000.
Ao todo são R$ 4.361.281 desviados de programas prioritários.
Em meio a um cenário de crise financeira e administrativa, a Secretaria de Cultura, quem tradicionalmente cuidava do evento, anunciou no começo de novembro que a festa estava cancelada, como determinava o decreto de contenção de gastos. Entretanto, horas depois o porta-voz do governo, André Duda afirmou que “por determinação do governador” a festa de réveillon aconteceria e quem dissesse o contrário estava desautorizado por ele.
O MP entrou em ação e solicitou ao Tribunal de Justiça que proibisse o GDF de contratar e pagar três editais relacionados a festa. O MP baseou seu pedido aos “indícios da insuficiência dos recursos orçamentários para o adimplemento das obrigações decorrentes do contrato a ser assinado”. Afirmando ainda, que a realização da festa poderia infringir a Lei de Licitações e a Lei de Responsabilidade Fiscal, já que os pagamentos de salários não estavam sendo honrados.
Tal pedido foi acatado pelo TJ, que liminarmente determinou que o governo pagasse multa de R$ 100 mil por cada ato descumprido. A desembargadora Carmelita Brasil revogou a proibição no dia 21 de dezembro.
O Diário do Poder tentou entrar em contato com o Tribunal de Justiça e com o Ministério Público, mas não obteve respostas sobre como ficará a situação.
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