A oposição reagiu especialmente à parte do discurso da presidente Dilma Rousseff, em que ela atribui a crise da Petrobras a ataques de “predadores internos e inimigos externos”. Segundo o líder e presidente do Democratas, senador José Agripino Maia (RN), essa “pérola” tira a credibilidade de todo o resto do discurso.
— A completa insinceridade da presidente Dilma, quando fala da
Petrobras, tira toda a credibilidade de sua fala. Se tem predador
interno na Petrobras são os corruptos nomeados pelo PT para destruir a
empresa. E se tem inimigos externos, isso se dá pela fragilidade dos
gestores do PT em perceber isso — disse Agripino.
Ele
diz que, como a Nação não leva mais a sério o que a presidente diz, ela
aproveitou a oportunidade para fazer um discurso para agradar o PT e
sua base.
— A presidente, quando foi falar que precisa da ajuda do Congresso, falou em “minha base”. Essa é a democracia dela, o Congresso como instituição não interessa. Quer dizer que ela endereça as coisa para a sua base aprovar? Com essa fala Dilma revelou o motivo do loteamento do ministério — criticou Agripino.
— A presidente, quando foi falar que precisa da ajuda do Congresso, falou em “minha base”. Essa é a democracia dela, o Congresso como instituição não interessa. Quer dizer que ela endereça as coisa para a sua base aprovar? Com essa fala Dilma revelou o motivo do loteamento do ministério — criticou Agripino.
O democrata também criticou o novo lema do governo, anunciado por Dilma
na posse no Congresso: Brasil, Pátria educadora. — Ela nunca foi
presidente? Está assumindo o mandato pela primeira
vez? E o Haddad, não foi ministro da Educação? Ou Dilma passou uma
descompostura nos ministros da Educação nesses 12 anos, ou acha que está
assumindo pela primeira vez.
PROMESSAS
O líder do PSDB no Senado, Aloysio
Nunes Ferreira, disse que não se interessou em ver o discurso da
presidente Dilma Rousseff, no Congresso, porque ela não cumpre o que
fala. O tucano disse que prefere ver suas ações para colocar em prática
as promessas de campanha repetidas no discurso.
— Eu não ouvi e não gostei. Eu tenho na memória o discurso inaugural
do primeiro mandato. As propostas se revelaram falsas. O primeiro
discurso de posse de Dilma , ela esqueceu, eu não — disse Aloysio Nunes.
O líder do PSDB disse que , em geral, não se interessa por discursos
inaugurais. Sobre a parte em que Dilma diz que vai fazer os ajustes sem
tirar direito dos trabalhadores, Aloysio Nunes lembrou que ela falou
isso uma semana depois da divulgação do pacote trabalhista com corte de
benefícios para trabalhadores e aposentados. — Dilma é uma pessoa
versátil.O que ela fala não pode ser levado a sério. É preciso ver suas
ações — disse o líder tucano.
PRESIDENTE DESACREDITADA
O líder do PSDB na
Câmara, Antônio Imbassahy (BA), criticou os apelos por apoio feito pela
presidente Dilma Rousseff em seu discurso . O tucano, que fez questão de
não comparecer à posse, comparou a presidente Dilma a um náufrago que
pede ajuda "antevendo as consequências de problemas criados por ela
mesma - não apenas na área econômica, mas especialmente quanto ao seu
envolvimento com o Petrolão".
Segundo a assessoria de Imabassahy, não há tradição na oposição comparecer a posses presidenciais no Congresso, mas neste caso, a campanha pesada e de baixo nível promovida pela campanha de Dilma acabou reforçando o sentimento contrário a prestigiar a solenidade.
Segundo a assessoria de Imabassahy, não há tradição na oposição comparecer a posses presidenciais no Congresso, mas neste caso, a campanha pesada e de baixo nível promovida pela campanha de Dilma acabou reforçando o sentimento contrário a prestigiar a solenidade.
Para Imbassahy, o discurso de Dilma "não inspira confiança e
evidencia um governo carcomido pelo descrédito, a partir de métodos
condenáveis e velhas promessas nunca cumpridas”. — Assistimos hoje a posse de uma presidente desacreditada,
desorientada e sem foco.
Como um náufrago, apelou a pedidos de apoio, certamente antevendo as consequências de problemas criados por ela mesma – Parece patológico ela agora falar em corrigir erros na Petrobras e reconhecer tardiamente que a empresa foi assaltada, como se não tivesse ela própria participação e responsabilidades relevantes nos últimos 12 anos da vida da estatal — disse Imbassahy, acrescentando:
Como um náufrago, apelou a pedidos de apoio, certamente antevendo as consequências de problemas criados por ela mesma – Parece patológico ela agora falar em corrigir erros na Petrobras e reconhecer tardiamente que a empresa foi assaltada, como se não tivesse ela própria participação e responsabilidades relevantes nos últimos 12 anos da vida da estatal — disse Imbassahy, acrescentando:
— Ao dizer que alguns servidores causaram o escândalo da Petrobras,
finge esquecer que participou de todas as decisões, primeiro como
ministra de Minas e Energia, depois chefe da Casa Civil e presidente do
Conselho de Administração da estatal e, por fim, como presidente da
República. Quem nomeou os comandantes da organização criminosa que se
apoderou da Petrobras foram ela mesma e Lula.
Numa referência à medida provisória editada pelo governo que tornar
mais rigoroso o acesso a alguns benefícios trabalhistas, como o
seguro-desemprego, o líder tucano afirmou que a presidente Dilma mentiu
na campanha eleitoral e volta a mentir em sua posse, ao reafirmar
compromisso com a manutenção dos direitos trabalhistas e
previdenciários:
— Justamente aqueles que sofreram alterações desastrosas em sua
primeira canetada após a eleição. Nem ela mesma acredita naquilo que
diz, como indicou a leitura sem entusiasmo de um discurso artificial e
carente de conteúdo, mais uma vez elaborado por seu marqueteiro. É um
discurso dissonante do Brasil real, ambíguo e com sinais de que o
banqueiro-ministro terá ações limitadas. Quem ainda tinha esperança do
suposto governo novo com ideias novas certamente teve a sua definitiva
frustração.
O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), disse que priorizou a
posse de seu aliado no governo de Pernambuco, Paulo Câmara. Para ele, a
presidente erra ao querer justificar a corrupção na Petrobras como obra
de"forças ocultas" quando eles são fruto dos problemas que ela criou no
primeiro mandato: aparelhamento do governo.
- É uma data super inconveniente. Sobre o discurso, a corrupção tomou conta do governo dela pelo aparelhamento. Não é o discurso, mas atitude que vai combater a corrupção e a Dilma, ao nomear os ministros para satisfazer os partidos mostra que não modificou, neste segundo mandato, a prática do primeiro mandato que levou à corrupção desenfreada - disse Mendonça Filho. (O Globo)
- É uma data super inconveniente. Sobre o discurso, a corrupção tomou conta do governo dela pelo aparelhamento. Não é o discurso, mas atitude que vai combater a corrupção e a Dilma, ao nomear os ministros para satisfazer os partidos mostra que não modificou, neste segundo mandato, a prática do primeiro mandato que levou à corrupção desenfreada - disse Mendonça Filho. (O Globo)
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