06/01/2015
Sindicato afirma que todos os postos do SBA estão fechados.
Trabalhadores afirmam que só vão retornar ao serviço com salários em dia.
Terceirizados protestam em frente ao posto do SBA no Conic, em Brasília (Foto: Isabella Calzolari/G1 DF)
O DFTrans informou que tem uma fatura em aberto com a empresa e outra a vencer no dia 8 deste mês, mas afirmou que a companhia deve, durante 90 dias após a data de vencimento do pagamento, arcar com os custos com recursos próprios.
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De acordo com o Sindiserviços, que representa a categoria, todos os
postos do DFTrans estão fechados por conta da greve. Os trabalhadores
afirmam que só vão retornar ao serviço quando os benefícios estiverem em
dia. O sindicato disse que já havia entregado uma notificação para o
órgão afirmando que se não fossem pagos, iriam paralisar as atividades.Funcionária do posto do Conic, Núbia Gomes afirma que nunca houve contato por parte do órgão ou da empresa terceirizada para prestar explicações sobre o atraso. "Não temos nenhuma resposta, nenhum respaldo, por isso resolvemos parar", diz.
A operadora de caixa Patrícia Freitas, de 26 anos, diz que tenta pegar a segunda via do cartão do DFTrans há quatro meses e não consegue. Ela afirma que foi surpreendida com a greve. "Estou tirando dinheiro do próprio bolso e pegando emprestado com vizinhos e amigos para ir trabalhar", afirmou. "Sempre que venho, falam que o sistema está fora do ar. Agora é a greve. É difícil."
Nesta segunda, passageiros que foram aos postos do DFTrans para recarregar os cartões de vale-transporte encontraram filas extensas e o sistema fora do ar. O órgão afirmou que a plataforma eletrônica foi alterada no fim do ano passado e que desde então a transmissão dos dados apresenta "oscilações".
Sem salários
De acordo com o sindicato que representa os terceirizados que prestam serviço ao GDF, 23 mil pessoas continuam sem receber os salários do último mês. Destes, 70% estão com as atividades paralisadas nos serviços de limpeza e segurança em órgãos públicos.
O governo de Agnelo Queiroz definiu vários prazos para a quitação dos salários, mas não cumpriu as datas anunciadas. Além dos terceirizados, servidores da saúde e da educação, funcionários de creches e rodoviários que prestam serviço para o governo tiveram atrasos no pagamento do 13º salário e nos benefícios relativos a dezembro.
Neste domingo (4), a Secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos, afirmou que o caixa do governo está "zerado". Dois dias antes, o GDF afirmou que o pagamento do 13º salário de 10,6 mil servidores da saúde e da educação do Distrito Federal, que deveria ter sido pago no último dia 20 de dezembro, ainda não tem data para ser depositado e "depende de condições orçamentárias e financeiras" para ser quitado.
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