terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Renato Santana, vice de Rodrigo Rollemberg, é suspeito de improbidade

Correio Braziliense

Ministério Público ajuíza ação contra político por suposto direcionamento de licitação em 2007, quando ele respondia pela direção de licitações da Administração de Ceilândia







postado em 10/12/2014 06:35 / atualizado em 10/12/2014 14:55


Antonio Cunha/CB/D.A Press

Eleito vice-governador para o próximo mandato, Renato Santana (PSD) assumirá o cargo com problemas na Justiça. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ajuizou uma ação de improbidade administrativa contra ele, uma engenheira, um empresário e três empresas. De acordo com a ação, quando Santana era presidente da Comissão de Licitações da Administração de Ceilândia, em 2007, uma licitação teria sido direcionada para a vitória de uma empresa de engenharia. Santana nega ter havido irregularidade.

O processo envolvendo o nome de Renato Santana tem três volumes, com mais de 400 páginas. Apesar de a licitação ter sido feita há sete anos, o documento só chegou à 2ª Vara da Fazenda Pública do DF em julho deste ano, quando ele registrou a candidatura como vice-governador de Rodrigo Rollemberg (PSB). A ação resultou de uma investigação da 3ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep). De acordo com os documentos, enquanto servidor público da Administração de Ceilândia, Renato Santana conduziu um processo licitatório para executar obras de recuperação de pavimentação nas CNMs 1 e 2 e na Avenida Hélio Prates. A escolha da empresa, no entanto, foi direcionada, segundo a ação do promotor Eduardo Gazzinelli.

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Os documentos indicam que, “na condição de presidente da comissão de licitações, (Renato Santana) autuou o procedimento administrativo, expediu ofícios de consulta às empresas ‘participantes’ do procedimento e presidiu a reunião de abertura dos envelopes do certame, visando à montagem dos processos para contratação direcionada de serviços junto da empresa Froylan Engenharia Projetos e Comércio”. A ação denuncia que “tudo não passou de simples montagem de processo de contratação, com o fim de materializar a escolha preordenada da empresa Froylan, conferindo aos expedientes apenas aparência de legalidade”.

Servidor do Governo do Distrito Federal há 20 anos, Renato Santana nega qualquer irregularidade no processo licitatório. O vice-governador eleito disse que a movimentação do processo este ano causou estranheza. “Nunca fui candidato a nada, apesar de sempre ter militado politicamente. Aí, no dia em que fui anunciado como vice, um processo de 2007 toma celeridade e se movimenta”, questiona. Morador de Ceilândia, Santana atuou na Comissão de Licitação da administração por seis meses e reclamou ter sido o único servidor arrolado no processo.



 “O processo indica que as empresas trocaram informações para uma ganhar a licitação. Não tem envolvimento de nenhum servidor da administração. Mas fico espantado porque o processo passa por várias áreas e só eu fui citado.” A reportagem tentou contato com as empresas citadas na ação, mas, até o momento, não conseguiu retorno.





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