de teclado.
Acorda PSDB! O impeachment já foi!by fernaslm |
O
que caracteriza os desastres com a marca Dilma Rousseff é a sua
meticulosidade. Seja os gerenciais, tipo Petrobras, seja os políticos,
eles são sempre devastadores e completos.
Veja-se o PMDB. Ele estava conformado em ser para sempre o partido das sombras. Desde a redemocratização nunca apresentou um candidato presidenciável viável e há inúmeras eleições já que estava conformado com isso. As disputas, ali, se davam no máximo pela presidência da Câmara e do Senado.
Mas então dona Dilma teve a brilhante idéia de derrubar o PMDB. Não para “faxinar” a “pátria educadora” mais uma vez, mas para trocá-lo pelo partido que Gilberto Kassab, o Rei do Lixo, trataria de arregimentar nas beiradas do Congresso Nacional.
Resultado?
Pela primeira vez desde a morte de Ulysses Guimarães o PMDB transformou-se no grande protagonista da política nacional. E, veja bem, não foi o PMDB que subiu, foi Dilma que caiu.
Agora
o PMDB ocupa a sua nova condição abençoado por Lula e tendo Joaquim
Levy como escudeiro, com a missão de manter o navio à tona e entregá-lo
com menos buracos no casco ao novo timoneiro em 2018. Dona Dilma
permanece lá e tal e coisa, mas já não é preciso levá-la à sério.
Só o PSDB – aquele esturricado deserto de idéias para reformar a política brasileira – é que, tateando às cegas entre pesquisas do DataFolha, ainda está nessa. Chegou tarde. O impeachment já foi...
Só o PSDB – aquele esturricado deserto de idéias para reformar a política brasileira – é que, tateando às cegas entre pesquisas do DataFolha, ainda está nessa. Chegou tarde. O impeachment já foi...
E o que mais resultou da brilhante jogada estratégica de dona Dilma? Que o preço da “governabilidade” aumentou exponencialmente, é claro, porque agora o comandante da porteira é um só e não a soma de um monte de partidecos. Sem o doutor Temer não passa nada. E o doutor Temer, que de pruridos dilmísticos não tem nada, não quer nem passar perto de qualquer coisa que cheire a novidade para tirar da oportunidade que lhe jogaram no colo o quanto ela puder lhe render, muito pelo contrário.
Por isso chamou para o seu lado as putas mais velhas ainda em ação na política brasileira: Eliseu Padilha, a troco de uma Aviação Civil em época de privatização de aerportos, e Henrique Eduardo Alves, que leva um ministério do Turismo em véspera de Olimpíada, mas com a combinação de que será titular apenas dos royalties da nova sinecura.
Sua principal missão não será operá-la diretamente e sim dedicar-se a costurinhas no Congresso Nacional que ele já presidiu e frequentou por mais de 40 anos, para canalizar ventos favoráveis ao lulopetismo.
Ficaram
meio de lado na manobra Renan Calheiros e Eduardo Cunha. Nenhum dos
dois compareceu à posse de Henrique Alves no Turismo ontem no Palácio do
Planalto. A ausência foi combinada entre ambos. Mas como ali ninguém
tem vocação para herói, Cunha, que se diz “fiador político de Alves junto a Temer”
compareceu à transmissão do cargo no Ministério do Turismo, logo depois
da cerimônia de que se ausentou no Planalto.
Já Renan ficou um pouco mais chamuscadinho no episódio porque era ele o padrinho do ministro do Turismo preterido. Como nós aqui fora não contamos mesmo para nada, dona Dilma fez questão de abrir seu discurso afagando efusivamente o afilhado de Renan. “Minhas primeiras palavras são de caloroso agradecimento ao ministro Vinicius Lages pela dedicação, pelo profissionalismo e pelo engajamento com que atuou. Em seus 13 meses no cargo, levou o turismo brasileiro a galgar novos patamares de qualidade”.
Sua excelência julgou desnecessário, porém, explicar a nós, que pagamos por tudo isso, porque então abriu mão de servidor público tão exemplar, perfeitamente talhado que era para a missão que vinha cumprindo às mil maravilhas.
Já Renan ficou um pouco mais chamuscadinho no episódio porque era ele o padrinho do ministro do Turismo preterido. Como nós aqui fora não contamos mesmo para nada, dona Dilma fez questão de abrir seu discurso afagando efusivamente o afilhado de Renan. “Minhas primeiras palavras são de caloroso agradecimento ao ministro Vinicius Lages pela dedicação, pelo profissionalismo e pelo engajamento com que atuou. Em seus 13 meses no cargo, levou o turismo brasileiro a galgar novos patamares de qualidade”.
Sua excelência julgou desnecessário, porém, explicar a nós, que pagamos por tudo isso, porque então abriu mão de servidor público tão exemplar, perfeitamente talhado que era para a missão que vinha cumprindo às mil maravilhas.
Detalhes...
No fim, tudo se acerta. Em troca da parte que lhe cabia no nosso latifúndio, fica desde já prometido, Vinicius Lages e seu padrinho receberão ou a Infraero, ou a Companhia Nacional de Abastecimento onde passam rios de dinheiro. E enquanto espera, Lages “foi contratado” pelo gabinete de Renan Calheiros.
O juiz Moro e sua turma “com sangue nos olhos” já sabe, portanto, onde procurar o próximo petrolão daqui a mais um par de anos.
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