O ministro da Secretaria de Comunicação Social (SECOM), Edinho Silva,
acaba de anunciar: a presidente Dilma Rousseff gravará nesta
quinta-feira ao menos um vídeo
para ser publicado nas redes sociais por ocasião do primeiro de maio,
Dia do Trabalho. Com medo do tradicional panelaço do povo brasileiro,
Dilma vai deixar de falar com mais da metade da população, com 80% dos
mais pobres e com mais de 90% dos mais idosos. E quem afirma isso é a
própria SECOM, em pesquisa sobre os meios de comunicação, publicada neste ano. Destacamos alguns pontos da pesquisa:
A internet foi apontada por 42%
dos brasileiros (1º + 2º + 3º lugares). Por esses critérios, ela ficaria atrás
da televisão (93%) e, por uma pequena diferença, do rádio (46%).
Apesar da sua crescente
importância, é alto o percentual de entrevistados que ainda não utilizam a
internet (51%).
Os dados mostram que 65% dos
jovens com até 25 anos acessam internet
todos os dias. Entre os que têm acima de
65 anos, esse percentual cai para 4%.
Entre os entrevistados com renda familiar mensal de até um salário mínimo (R$
724), a proporção dos que acessam a internet pelo menos uma vez por semana é de
20%.
Quando a renda familiar é superior a cinco salários mínimos (R$ 3.620 ou
mais), a
proporção sobe para 76%.
Por sua vez, o recorte por escolaridade
mostra que 87% dos respondentes com ensino superior acessam a internet pelo
menos uma vez por semana, enquanto apenas 8% dos entrevistados que estudaram
até 4ª série o fazem com a mesma frequência.
Tais informações ajudam a
explicar os principais gargalos para o uso da internet: além da falta de
interesse (43%), a falta de habilidade com o computador (41%) – que afeta as
pessoas mais velhas e menos escolarizadas –, a falta de necessidade (24%) e os
custos que envolvem o uso das novas mídias (14%) – que impacta os mais pobres –
estão entre as principais razões pelas quais os brasileiros não utilizam as
novas mídias.
A pesquisa da própria SECOM atesta os reais motivos pelos quais Dilma
vai usar a internet para não falar com mais da metade do país: é medo
de panela!
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