No lugar de um ensino de qualidade, de um atendimento medico público decente, nós, brasileiros ganhamos um montão de estádios de futebol hiper faturados, caríssimos e os estados que receberam esses "presentes de grego" não conseguem pagar nem a manutenção.
Este país é uma piada !Só que é uma piada que custa, senão a vida, pelo menos o futuro de nossos filhos!
Acordos ruins e taxas para uso fazem com que clubes se afastem. O estádio recebeu quatro shows após a reforma para a Copa do Mundo
Lucas Magalhães
lucas.magalhaes@jornaldebrasilia.com.br
No domingo, Brasília receberá o primeiro jogo da Série
A do Campeonato Brasileiro no ano. Apesar de estarmos apenas na segunda rodada do certame, a partida entre Atlético-MG e Fluminense traz um traço preocupante para os torcedores da cidade: o Mané Garrincha parece ter se tornado desinteressante para clubes fora do planalto central.
Em 2013, ano da reinauguração da arena para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, foram dez partidas do campeonato no espaço. Destes, oito tiveram participação do Flamengo. No ano seguinte, o número foi reduzido praticamente à metade, seis embates, sendo somente um do Rubro-negro.
Contribuem para a perda da atratividade, questões que envolvem a organização da partida. Cada clube faz um tipo de acordo, que varia entre receber um valor fixo, sem que haja participação na renda obtida pela bilheteria ou, em outros casos, quando a agremiação recebe um percentual caso o número de espectadores supere uma meta estipulada anteriormente entre o clube e a empresa organizadora.
O presidente da Federação Brasiliense de Futebol, Jozafá Dantas, conta que vários times têm procurado a entidade para sediar partidas em Brasília. O grande empecilho, entretanto, reside na taxa de uso do estádio.
“A taxa de 15% penaliza muito os clubes. Outros estádios cobram entre 20 e 50 mil reais, então não estamos sendo competitivos nesse sentido”, lamenta.
Sem carro-chefe
Depois de sediar nove partidas em Brasília, o Flamengo optou por mandos no Rio de Janeiro, também contribuindo para a diminuição do interesse de outros clubes pelo Mané Garrincha.
“O sucesso financeiro do Flamengo motivou uma busca muito grande por parte de outros clubes pela mesma arena. No momento em que o grande operador teve seu interesse reduzido, o estádio passou a sofrer com a diminuição no número de jogos”, sentencia o economista José Carneiro, professor da Universidade de Brasília.
Sobrevivência além dos jogos
Além de Fluminense e Atlético-MG, outra partida também está confirmada para o Mané Garrincha: Botafogo x Atlético-GO, que se enfrentam no próximo sábado, 23, em duelo válido pela Série B do Brasileirão.
Segundo o economista, o estádio não pode pensar apenas em futebol para se manter uma alternativa viável no futuro.
“Temos que ter uma solução local, de acordo com a situação da cidade. Precisamos achar aquele conceito de arena, com boate, bar, funcionando para que ela tenha vida sem jogos, mas com o interesse em trazer jogos. Sem essa solução, a tendência é que as coisas compliquem”, frisa.
Outro fator que contribui para a ausência de jogos pode ser o valor do ingresso. A entrada mais barata para o jogo de domingo custa R$ 80, e assim tem sido na maioria dos jogos no Mané.
Para mudar o cenário, José Carneiro compara a realidade brasileira com a de outros eventos mundo afora. “Em grandes eventos no exterior, o ingresso é caro, mas há muitos incentivos para que você chegue antes ao estádio e possa, por exemplo, almoçar no local antes do evento”, avalia.
Fatores extra-financeiros
Além de buscar maiores rendas, uma “aventura” em Brasília, também deve levar em conta outros fatores.
O economista cita que jogar em casa cria a vantagem de não precisar deslocar o time, evitando um desgaste desnecessário. “A recompensa financeira precisa ser muito maior do que você teria jogando no seu estádio”, resume, ao citar o que é necessário para que mandar um jogo longe de seus domínios valha à pena.
Mesmo com o cenário adverso, o presidente Jozafá Dantas afirma que mais jogos devem acontecer no DF. “Teremos jogos das Séries A e B em Brasília, mas queremos que o Brasília avance na Copa Sul-Americana para também jogar mais no estádio”, conclui.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasílialucas.magalhaes@jornaldebrasilia.com.br
No domingo, Brasília receberá o primeiro jogo da Série
A do Campeonato Brasileiro no ano. Apesar de estarmos apenas na segunda rodada do certame, a partida entre Atlético-MG e Fluminense traz um traço preocupante para os torcedores da cidade: o Mané Garrincha parece ter se tornado desinteressante para clubes fora do planalto central.
Em 2013, ano da reinauguração da arena para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, foram dez partidas do campeonato no espaço. Destes, oito tiveram participação do Flamengo. No ano seguinte, o número foi reduzido praticamente à metade, seis embates, sendo somente um do Rubro-negro.
Contribuem para a perda da atratividade, questões que envolvem a organização da partida. Cada clube faz um tipo de acordo, que varia entre receber um valor fixo, sem que haja participação na renda obtida pela bilheteria ou, em outros casos, quando a agremiação recebe um percentual caso o número de espectadores supere uma meta estipulada anteriormente entre o clube e a empresa organizadora.
O presidente da Federação Brasiliense de Futebol, Jozafá Dantas, conta que vários times têm procurado a entidade para sediar partidas em Brasília. O grande empecilho, entretanto, reside na taxa de uso do estádio.
“A taxa de 15% penaliza muito os clubes. Outros estádios cobram entre 20 e 50 mil reais, então não estamos sendo competitivos nesse sentido”, lamenta.
Sem carro-chefe
Depois de sediar nove partidas em Brasília, o Flamengo optou por mandos no Rio de Janeiro, também contribuindo para a diminuição do interesse de outros clubes pelo Mané Garrincha.
“O sucesso financeiro do Flamengo motivou uma busca muito grande por parte de outros clubes pela mesma arena. No momento em que o grande operador teve seu interesse reduzido, o estádio passou a sofrer com a diminuição no número de jogos”, sentencia o economista José Carneiro, professor da Universidade de Brasília.
Sobrevivência além dos jogos
Além de Fluminense e Atlético-MG, outra partida também está confirmada para o Mané Garrincha: Botafogo x Atlético-GO, que se enfrentam no próximo sábado, 23, em duelo válido pela Série B do Brasileirão.
Segundo o economista, o estádio não pode pensar apenas em futebol para se manter uma alternativa viável no futuro.
“Temos que ter uma solução local, de acordo com a situação da cidade. Precisamos achar aquele conceito de arena, com boate, bar, funcionando para que ela tenha vida sem jogos, mas com o interesse em trazer jogos. Sem essa solução, a tendência é que as coisas compliquem”, frisa.
Outro fator que contribui para a ausência de jogos pode ser o valor do ingresso. A entrada mais barata para o jogo de domingo custa R$ 80, e assim tem sido na maioria dos jogos no Mané.
Para mudar o cenário, José Carneiro compara a realidade brasileira com a de outros eventos mundo afora. “Em grandes eventos no exterior, o ingresso é caro, mas há muitos incentivos para que você chegue antes ao estádio e possa, por exemplo, almoçar no local antes do evento”, avalia.
Fatores extra-financeiros
Além de buscar maiores rendas, uma “aventura” em Brasília, também deve levar em conta outros fatores.
O economista cita que jogar em casa cria a vantagem de não precisar deslocar o time, evitando um desgaste desnecessário. “A recompensa financeira precisa ser muito maior do que você teria jogando no seu estádio”, resume, ao citar o que é necessário para que mandar um jogo longe de seus domínios valha à pena.
Mesmo com o cenário adverso, o presidente Jozafá Dantas afirma que mais jogos devem acontecer no DF. “Teremos jogos das Séries A e B em Brasília, mas queremos que o Brasília avance na Copa Sul-Americana para também jogar mais no estádio”, conclui.
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