Julio
Severo
O Ministério das Relações Exteriores da Turquia disse
na segunda-feira que convocou de volta seu embaixador no Brasil para consultas,
depois que o Senado do Brasil aprovou uma lei que reconhece como genocídio o
massacre de cristãos armênios 100 anos atrás, embora a declaração brasileira se
abstivesse totalmente de condenar a Turquia em termos fortes, limitando-se a
termos como “solidariedade” aos armênios. Mesmo assim, o governo turco não
gostou.
Presidente turco Recep Tayyip Erdogan |
Centenas de milhares de cristãos armênios foram
massacrados por turcos muçulmanos 100 anos atrás, mas o governo turco rejeita
qualquer declaração ou lei de outros países que ouse classificar essa
mortandade como genocídio.
“Vemos a decisão do Senado brasileiro que distorce a
realidade como irresponsável e a condenamos,” disse o Ministério das Relações
Exteriores da Turquia.
O Senado aprovou voto de solidariedade ao povo
armênio. “Ao aprovar requerimento dos senadores Aloysio Nunes Ferreira
(PSDB-SP) e José Serra (PSDB-SP), o Senado presta homenagem às vítimas e
reconhece a contribuição para a formação econômica, social e cultural do Brasil
de milhares de brasileiros descendentes de refugiados,” informou a Agência
Senado.
No mês de abril, a
Armênia relembrou os 100 anos de genocídio contra sua população cristã.
Por conta da cara feia do governo turco, a vasta maioria dos países não quis
enviar um representante para a cerimônia de recordação. Os dois únicos líderes
internacionais que compareceram e prestaram homenagem às vítimas cristãs foram
Vladimir Putin, presidente da Rússia e François Hollande, presidente da França.
Na ocasião, o presidente da Armênia, Serge Sargsian
disse: “A negação do genocídio contém elementos de uma nova onda de ódio
nacional e está acompanhado em muitas ocasiões de intolerância e justificativa
dos genocídios cometidos”, afirmou Sargsian.
Sargsian afirmou que os armênios têm a obrigação
moral, mas também o direito de lembrar da morte
de 1,5 milhão de pessoas, o sofrimento de outras centenas de milhares nas
deportações e o extermínio do legado material e espiritual acumulado
durante milênios.
Os muçulmanos parecem gozar de regalias e imunidades que
nenhum outro país goza. Se o Brasil ou outro pais reconhecesse oficialmente em
lei o Holocausto nazista contra os judeus e a Alemanha convocasse de volta seu
embaixador, tal atitude da Alemanha seria condenada por muitos.
Mas quando é a Turquia que faz cara feia por não
gostar de ser lembrada de seus crimes do passado, todos respeitam e silenciam
diante das respostas islâmicas turcas. É como se todo o sangue cristão
derramado por mãos turcas nada significasse. Até mesmo o Papa Francisco, em
visita à Turquia, disse
que “é errado igualar islamismo com violência.” Pelo visto, seria
mais errado ainda usar a Turquia como exemplo da violência islâmica.
A Turquia não só nunca se arrependeu de seu islamismo
violento, mas também tem investido em esforços para expandi-lo na
América Latina, e também nos
EUA.
Neste ano, Turquia
e EUA assinaram acordo para treinar os rebeldes sírios que estão
estuprando, torturando e matando uma das comunidades cristãs mais antigas do
mundo na Síria. É um dos genocídios anticristãos mais vergonhosos da
atualidade, com a chancela do governo dos EUA.
Com informações da Reuters.
Fonte:
www.juliosevero.com
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