domingo, 14 de junho de 2015

Volta da CPMF seria um tiro no pé do governo



O presidente do PT, Rui Falcão, critica o ajuste fiscal, mas é a favor da volta da CMPF, que é um tiro no pé.

PT traz de volta a CPMF - Governo estuda volta da CPMF para transações de valor alto – golpe antigo: dizem que é só para grandes transações e na hora H nem o bolsa família escapa

Qualquer imposto agora só vai aumentar o mal-estar com a classe média. Difícil que passe no Congresso, mas como a situação do governo é complicada, a saída é aumentar imposto. A volta da CPMF é uma atitude impensável nesse momento. Ela atinge a todas as classes e os mais pobres são os mais prejudicados.

Ministro da Saúde diz estar conversando com governadores sobre o tema; PT teme desgaste com classe média

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse nesta sexta-feira, durante o 5º Congresso do PT em Salvador, que tem negociado com governadores a criação de um novo imposto para aumentar os recursos para o setor. Na quinta-feira, o PT aprovou um texto base para discussão no encontro que previa o ressurgimento da Contribuição sobre Movimentações Financeiras, a CPMF. 

Chioro afirmou que a posposta do partido é positiva porque reacende a discussão sobre a necessidade de mais recursos. O ministro, porém, tem defendido um tributo sobre movimentação voltado para os mais ricos. As transações de valores baixos ficariam livres da cobrança. — Não vai ser uma CPMF como no passado. Será uma contribuição financeira com outras características — afirmou o ministro.


O titular da Saúde disse que falta procurar apenas três ou quatro governadores, incluindo Geraldo Alckmin (São Paulo). O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, teria, segundo o ministro, se mostrado favorável à nova cobrança. Mas dentro do PT o tema ainda é polêmico. O líder do governo na Câmara, deputado José Nobre Guimarães (PT-CE), acredita que a proposta de volta da CPMF será tirada do documento final do Congresso da legenda. O receio dos petistas com o imposto é que ele agrave o desgaste da legenda com a classe média.


A CPMF, conhecida como imposto sobre o cheque, foi extinta em 2007. Os valores eram destinados integralmente à saúde e sua extinção foi considerada uma grande derrota para o governo Lula na época. O governo Lula perdeu, com a extinção do imposto, cerca de R$ 40 bilhões por ano que seriam destinados somente ao setor.
Fonte: O Globo

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