Michael
Brown
Quase nunca faço isso, mas senti que era muito
importante compartilhar uma carta com vocês de modo que o mundo inteiro entenda
o que realmente aconteceu na Irlanda quando esse país predominantemente
católico votou de forma decisiva para redefinir o casamento.
O
que dá para aprendermos com a votação para redefinir o casamento na Irlanda, um
país tradicionalmente católico?
1)
A religião “cristã” tradicional não tem força para deter o rolo compressor do
ativismo gay. Só uma fé viva e vibrante terá a energia, o compromisso e a
intensidade para permanecer firme.
2)
Os escândalos sexuais na Igreja Católica na década de 1990 roubaram a Igreja
Católica de sua autoridade moral. Como é que a Igreja Católica conseguirá falar
à sociedade sobre moralidade sexual quando ela em grande parte já se
desqualificou? Escândalos desse tipo
levam um longo tempo para esquecer, e aqui nos Estados Unidos, estamos
infestados de escândalos evangélicos também, envolvendo alguns de nossos líderes
famosos. Na medida que somos considerados hipócritas, na mesma medida temos
falta de autoridade moral.
3)
A Irlanda não estava pronta para a enorme enxurrada de financiamento de
ativistas gays dos Estados Unidos. Lamentavelmente, desde o presidente Obama
até americanos em cargos menos importantes, os Estados Unidos estão sendo uma
força agressiva para normalizar a homossexualidade, e sem o financiamento e
inspiração dos americanos, é de duvidar que a Irlanda teria votado com tanta
força para aprovar uma mudança tão radical.
O
que aconteceu na Irlanda deveria ser um alerta, para despertar as igrejas no
mundo inteiro.
Em resposta à minha postagem, uma mulher que apoia
nosso ministério e vive na Irlanda me escreveu, preocupada que eu estava
insinuando que os crentes na Irlanda “não haviam se esforçado o suficiente para
levar o Evangelho ao mundo.” (A verdade é que foi o contrário: eu queria que as
pessoas entendessem a oposição que eles enfrentaram.)
Ela continuou: “Permita-me lhe contar mais sobre o que
realmente aconteceu aqui…”
O que ela escreveu é tão importante, dando apoio
detalhado ao que eu havia lido em outro lugar, que eu quis divulgar da melhor
forma possível. Houve pressões fora do normal contra os que defendiam o
casamento na Irlanda, e a votação mal reflete uma real imparcialidade e
conhecimento.
Ela escreveu: “Sou uma cidadã irlandesa que votou e
fez campanha pelo voto NÃO [contra o ‘casamento’ gay]. Para quem acha que fomos
negligentes com relação ao Evangelho ou de qualquer outro modo, permita-me lhe
dizer algumas das dificuldades que enfrentamos…
“Essa notícia é devastadora para os 37,9 por cento de
nós que votaram NÃO, muitos de nós cristãos que nasceram de novo. Nós nos
esforçamos muito para impedir isso, mas estávamos enfrentando todos os partidos
políticos e milhões de dólares que os EUA estavam despejando na campanha pelo
SIM. Só o bilionário americano Chuck Feeney contribuiu mais de 24 milhões de
dólares. Todas as organizações de ‘direitos civis’ apoiaram o voto SIM. Quando
cartazes da campanha do voto NÃO foram postados em Dublin e outros lugares,
sofreram vandalismo. Supostamente, os meios de comunicação públicos têm de
permitir uma cobertura igual, meio a meio, para cada lado de uma questão
constitucional. Mas esses meios de comunicação descaradamente ignoraram isso. A
força policial pública foi convocada para apoiar o voto SIM e inscrever
estudantes universitários para votar, e eles distribuíram crachás do SIM para
cada estudante enquanto faziam isso. E essas coisas são apenas parte de tudo o
que aconteceu. A pressão foi incessante e inacreditável. Até a cédula de
votação estava tendenciosa. Havíamos argumentando que o termo ‘igualdade de
casamento’ era tendencioso, mas esse termo foi colocado na cédula de votação.”
“Enquanto isso, os cristãos jejuaram e oraram. Fizemos
distribuição de folhetos. Fizemos uso da mídia social para expressar nossas
preocupações. Mas tudo isso foi num nível muito básico. Só o Instituto Iona
defendeu o voto NÃO. Só três deputados em nosso parlamento defenderam o voto
NÃO. Existe alguma nação na terra que sobreviveria a tal ataque violento? Estou
realmente surpresa que o voto contra chegou a 37,9 por cento depois do que vi.”
“Quanto ao Evangelho, será que algum de nós pode
realmente fazer o ‘suficiente’? Não importa quanto façamos, sempre desejaremos
que tivéssemos feito mais? Mas temos Deus do nosso lado. Creio que Ele permitiu
que isso acontecesse por Seus motivos. Mas teremos a vitória final.”
Lamentavelmente, as táticas tentadas e reais de
bullying, intimidação, bombardeio midiático, ativismo agressivo e financiamento
em massa vindo dos Estados Unidos ganharam outra vitória para a revolução
homossexual.
Mas essa cristã irlandesa está absolutamente certa:
Teremos a vitória final (não sobre os gays, mas no Senhor), que é um dos
principais pontos que faço no meu livro mais recente, que será lançado em
setembro, “Outlasting the Gay Revolution: Where Homosexual Activism Is Really
Going and How to Turn the Tide” (Sobrevivendo à Revolução Gay: Aonde o Ativismo
Homossexual Está Indo e Como Mudar as Coisas).
No entanto, neste exato momento, os crentes na Irlanda
precisam de nossas orações, nosso encorajamento e nossa solidariedade. Essa é
parte de uma guerra total contra o Evangelho.
Traduzido
por Julio Severo do original em inglês da Charisma News: You
Need to Know What Really Happened in Ireland
Fonte:
www.juliosevero.com
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