Como se
orgulhar do Brasil, dominado pela burrice esquerdista que contamina
universidades, igrejas e a própria imprensa? Nesse sentido, vivemos num
dos países mais atrasados do mundo, depois de quatro mandatos para um
partido de tendência totalitária. Artigo de Rodrigo Constantino, no
jornal O Globo, vai ao ponto:
Pela
primeira vez passei o 4 de julho nos Estados Unidos, e pude verificar
“in loco” a importância que os americanos dão ao dia de sua
independência. É comovente. Bandeiras para todo lado, fogos de artifício
estourando em cada esquina, toda uma nação louvando seus heróis, os
“pais fundadores”, e também enaltecendo o papel dos militares nas lutas
para preservar a liberdade.
O legado
da Revolução Americana é o mais importante na história da liberdade. A
famosa passagem da Declaração de Independência de 1776 deixa isso claro:
“Consideramos estas verdades evidentes por si mesmas, que todos os
homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos
direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a
busca da felicidade”. Havia ali, pela primeira vez, uma mudança de
paradigma que colocava o foco no indivíduo, e tratava o governo como seu
servo, não o contrário.
Nenhum
país é perfeito. Mas os americanos têm motivos de sobra para se orgulhar
de sua trajetória como nação. São a democracia mais sólida do mundo,
com uma Constituição inalterada há mais de dois séculos, sofrendo apenas
algumas emendas. Estiveram do lado certo na Grande Guerra, enfrentando
os nazistas, e depois na Guerra Fria, combatendo os comunistas.
Representaram — e ainda representam, com ressalvas — o farol da
liberdade no mundo civilizado.
Mas se
fiquei emocionado ao ver toda a festa, com sabor especial por ser também
o dia do meu aniversário, bateu certa tristeza por outro lado, ao
constatar como estamos distantes disso no Brasil. Todo brasileiro
sensato, acredito, oscila entre a desesperança e um amor insistente à
Pátria. Brasileiro não desiste nunca, diz o ditado popular. Mas como é
difícil manter a chama da esperança acesa às vezes!
Devemos
evitar o fatalismo, o derrotismo dos que só cospem no país, numa espécie
de complexo vira-lata, repetindo que nunca teremos jeito com esse
“povo”. E também devemos fugir do outro extremo, o ufanismo boboca, o
nacionalismo oportunista, que enxerga qualidades onde não há, que
enaltece o que não tem valor só por ser brasileiro. O olhar deve ser
honesto, como um pai analisaria o filho que realmente ama, sem lente
cor-de-rosa nem autoengano.
E quando
fazemos isso, a conclusão é inevitável: temos tido poucos motivos para
orgulho legítimo de nosso país. Para começo de conversa, os quatro
mandatos seguidos do PT no governo. Que país é esse, que preserva por
tanto tempo uma turma tão incompetente, corrupta, cínica e populista no
poder? Alguns podem apontar que a culpa é do “povo” ignorante, mas
prefiro direcionar minha revolta contra a elite dos “intelectuais”, pois
esses deveriam ter mais noção das coisas. No entanto, trata-se de uma
elite que ainda flerta com o socialismo, uma esquerda caviar que ou não
saiu da infância romântica, ou se vende por migalhas estatais.
O Brasil é
líder (ou quase) em algumas coisas no mundo. Mas não são quesitos que
deveriam nos orgulhar. Temos cerca de 60 mil homicídios por ano. Outras
dezenas de milhares morrem no trânsito caótico. Nosso sistema de saúde
universal é uma afronta aos pagadores de impostos. Nosso ensino público
tem qualidade lamentável, e a doutrinação ideológica é muito maior do
que a educação efetiva.
Basta ver
quem é o “patrono” de nossa educação: o revolucionário Paulo Freire,
defensor dos tiranos mais assassinos do mundo. Como resultado disso, em
vez de formarmos jovens críticos que aprendem a pensar por conta
própria, deformamos milhões de alunos todo ano com lixo marxista,
criando uma legião de papagaios de slogans socialistas. O novo reitor da
UFRJ veste, literalmente, o boné dos criminosos do MST. Precisa dizer
mais alguma coisa?
O debate
ideológico é muito atrasado em nosso país. A esquerda retrógrada, que
idolatra Cuba, ainda domina boa parte da imprensa, das universidades, da
igreja. As soluções demandadas para os problemas criados por excesso de
governo são sempre mais governo. A liberdade individual tem valor muito
baixo no Brasil. O Estado ainda é visto como um “messias salvador”.
Basta citar que, mesmo com o “petrolão”, quase ninguém defende a
privatização da Petrobras. Querem um estado empresário apesar de tudo!
O Brasil
cansa. Mas não podemos desistir. É possível mudar o futuro, pois não
acredito em determinismos. Talvez devêssemos nos espelhar mais no
exemplo americano, deixando o antiamericanismo, fruto da inveja, de
lado. Há muito que aprender com essa nação. A começar pelo respeito que
as liberdades individuais e o capitalismo têm por aqui.
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