sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Polícia aperta o cerco ao governador Pimentel e à primeira-dama


Como ministro, Pimentel garantiu vida de rainha à namorada


Deu em O Tempo
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (1º), a terceira fase da Operação Acrônimo, que investiga o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), a primeira-dama Carolina Oliveira e o empresário Benedito Rodrigues, conhecido como Bené.
Entre os alvos estava a casa do presidente da Cemig, Mauro Borges, na capital mineira. Assim como Pimentel, Borges é ex-ministro do Desenvolvimento. Ele assumiu a pasta em 2014, no último ano do primeiro mandato de Dilma Rousseff.


BENÉ, O PIVÔ
A operação Acrônimo apura irregularidades no financiamento e na prestação de contas da campanha de Pimentel para o governo mineiro, em 2014. Bené, um empresário ligado a campanhas do PT, é o pivô da operação. No ano passado, foram encontrados R$ 113 mil em dinheiro vivo dentro de um avião turboélice que transportava o empresário, o que motivou as investigações da PF. A aeronave apreendida pertence a suas empresas.


Entre os demais alvos da fase deflagrada nesta quinta estão a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), no Rio de Janeiro, e as sedes das empresas Marfrig e Odebrecht Ambiental, em São Paulo.


Na CBF, o alvo foi o contrato assinado com a MR Consultoria. A empresa pertence ao jornalista Mário Rosa, que é investigado na Operação Acrônimo, e foi contratada no final do primeiro semestre para dar consultoria ao presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, logo após José Maria Marin ter sido preso na Suíça.


Um delegado e três agentes da PF foram à sede da CBF para obter cópias do contrato.


PRIMEIRA-DAMA
A MR é investigada pela polícia por ter pago cerca de R$ 2 milhões para a Oli Comunicação, empresa pertencente à primeira-dama de Minas Gerais, Carolina Oliveira. O valor é metade o faturamento da empresa dela, de 2012 a 2014. Rosa atuou como consultor informal na campanha de Pimentel.


A PF aponta os grupos Marfrig e Cassino (controlador do Pão de Açúcar) como autores de repasses de R$ 595 mil e R$ 362,8 mil, respectivamente, para Carolina. Em junho, a empresa de Mário foi alvo de busca e apreensão em Brasília.


A Oli Comunicação recebeu pagamentos milionários de empresas que firmaram contratos com o BNDES, segundo a Polícia Federal.


Parte dos repasses ocorreu entre 2012 e 2014, período em que Pimentel era ministro do Desenvolvimento, pasta à qual o BNDES é vinculado.


Ao todo, a PF cumpre 40 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, São Paulo, Rio e Brasília. Não houve mandados de prisão.

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