sexta-feira, 2 de outubro de 2015

A Patria educadora da Dilma.

Brasil tem 3ª maior taxa de evasão escolar entre 100 países, diz Pnud

Do UOL, em São Paulo 

Um a cada quatro alunos que inicia o ensino fundamental no Brasil abandona a escola antes de completar a última série. É o que indica o Relatório de Desenvolvimento 2012, divulgado nesta quinta-feira (14) pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).
Com a taxa de 24,3%, o Brasil tem a terceira maior taxa de abandono escolar entre os 100 países com maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), só atrás da Bósnia Herzegovina (26,8%) e das ilhas de São Cristovam e Névis, no Caribe (26,5%).
Na América Latina, só Guatemala (35,2%) e Nicarágua (51,6%) tem taxas de evasão superiores. Não foi divulgado o índice do Haiti.


No relatório, o organismo da ONU sugere que o país adote "políticas educacionais ambiciosas" para mudar essa situação, por causa do envelhecimento da população brasileira, que deve se intensificar nas próximas décadas e reduzir o percentual de trabalhadores ativos.


O documento divulgado nesta quinta-feira (14) mostra que apesar de ter avançado nas últimas duas décadas, o Brasil ainda tem um IDH menor que a média dos países da América Latina e Caribe. O país está na posição 85ª do ranking, que leva em conta a expectativa de vida, o acesso ao conhecimento e a renda per capita.

Veja os dados relativos à Educação no relatório do Pnud

País Posição no ranking IDH População alfabetizada População com pelo menos ensino médio completo Taxa de evasão escolar
Noruega 0,955 100% 95,2% 0,5%
Austrália 0,938 100% 92,2% Não informada
Estados Unidos 0,937 100% 94,5% 6,9%
Holanda 0,921 100% 88,9% Não informada
Alemanha 0,920 100% 96,5% 4,4%
Chile 40º 0,819 98,6% 74% 2,6%
Argentina 45º 0,811 97,8% 56% 6,2%
Uruguai 51º 0,792 98,1% 49,8% 4,8%
México 61º 0,775 93,1% 53,9% 6%
Brasil 85º 0,730 90,3% 49,5% 24,3%
  • Fonte: Pnud/ONU

Anos de estudo

O relatório do Pnud também revelou que o Brasil tem a menor média de anos de estudo entre os países da América do Sul. Segundo dados de 2010, a escolaridade média do brasileiro era de 7,2 anos – mesma taxa do Suriname – enquanto são esperados 14,2 anos. No continente, quem lidera esse índice é o Chile, com 9,7 anos de estudo por habitante, seguido da Argentina, com 9,3 anos, e da Bolívia, com 9,2 anos.
Os dados de escolaridade são contestados pelo Ministério da Educação. Por meio de nota, o Inep (Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) afirmou que o censo do IBGE (Instituito Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2011 aponta uma escolaridade média de 7,4 anos por habitante, o que deixaria o país à frente da Colômbia e do Suriname.


O instituto alega que o Pnud desconsidera 4,56 milhões de crianças de 5 anos matriculadas na pré-escola e em classes de alfabetização, o que elevaria a expectativa de anos estudados no país para 16,7.

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