Brasil tem 3ª maior taxa de evasão escolar entre 100 países, diz Pnud
Do UOL, em São Paulo
Um a cada quatro alunos que inicia o ensino fundamental no Brasil
abandona a escola antes de completar a última série. É o que indica o
Relatório de Desenvolvimento 2012, divulgado nesta quinta-feira (14)
pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).
Com a taxa de 24,3%, o Brasil tem a terceira maior taxa de abandono
escolar entre os 100 países com maior IDH (Índice de Desenvolvimento
Humano), só atrás da Bósnia Herzegovina (26,8%) e das ilhas de São
Cristovam e Névis, no Caribe (26,5%).
Na América Latina, só Guatemala (35,2%) e Nicarágua (51,6%) tem taxas de evasão superiores. Não foi divulgado o índice do Haiti.
No relatório, o organismo da ONU sugere que o país adote "políticas educacionais ambiciosas" para mudar essa situação, por causa do envelhecimento da população brasileira, que deve se intensificar nas próximas décadas e reduzir o percentual de trabalhadores ativos.
O documento divulgado nesta quinta-feira (14) mostra que apesar de ter avançado nas últimas duas décadas, o Brasil ainda tem um IDH menor que a média dos países da América Latina e Caribe. O país está na posição 85ª do ranking, que leva em conta a expectativa de vida, o acesso ao conhecimento e a renda per capita.
Os dados de escolaridade são contestados pelo Ministério da Educação.
Por meio de nota, o Inep (Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira) afirmou que o censo do IBGE (Instituito Brasileiro de
Geografia e Estatística) de 2011 aponta uma escolaridade média de 7,4
anos por habitante, o que deixaria o país à frente da Colômbia e do
Suriname.
O instituto alega que o Pnud desconsidera 4,56 milhões de crianças de 5 anos matriculadas na pré-escola e em classes de alfabetização, o que elevaria a expectativa de anos estudados no país para 16,7.
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Na América Latina, só Guatemala (35,2%) e Nicarágua (51,6%) tem taxas de evasão superiores. Não foi divulgado o índice do Haiti.
No relatório, o organismo da ONU sugere que o país adote "políticas educacionais ambiciosas" para mudar essa situação, por causa do envelhecimento da população brasileira, que deve se intensificar nas próximas décadas e reduzir o percentual de trabalhadores ativos.
O documento divulgado nesta quinta-feira (14) mostra que apesar de ter avançado nas últimas duas décadas, o Brasil ainda tem um IDH menor que a média dos países da América Latina e Caribe. O país está na posição 85ª do ranking, que leva em conta a expectativa de vida, o acesso ao conhecimento e a renda per capita.
Veja os dados relativos à Educação no relatório do Pnud
País | Posição no ranking | IDH | População alfabetizada | População com pelo menos ensino médio completo | Taxa de evasão escolar |
Noruega | 1º | 0,955 | 100% | 95,2% | 0,5% |
Austrália | 2º | 0,938 | 100% | 92,2% | Não informada |
Estados Unidos | 3º | 0,937 | 100% | 94,5% | 6,9% |
Holanda | 4º | 0,921 | 100% | 88,9% | Não informada |
Alemanha | 5º | 0,920 | 100% | 96,5% | 4,4% |
Chile | 40º | 0,819 | 98,6% | 74% | 2,6% |
Argentina | 45º | 0,811 | 97,8% | 56% | 6,2% |
Uruguai | 51º | 0,792 | 98,1% | 49,8% | 4,8% |
México | 61º | 0,775 | 93,1% | 53,9% | 6% |
Brasil | 85º | 0,730 | 90,3% | 49,5% | 24,3% |
- Fonte: Pnud/ONU
Anos de estudo
O relatório do Pnud também revelou que o Brasil tem a menor média de anos de estudo entre os países da América do Sul. Segundo dados de 2010, a escolaridade média do brasileiro era de 7,2 anos – mesma taxa do Suriname – enquanto são esperados 14,2 anos. No continente, quem lidera esse índice é o Chile, com 9,7 anos de estudo por habitante, seguido da Argentina, com 9,3 anos, e da Bolívia, com 9,2 anos.O instituto alega que o Pnud desconsidera 4,56 milhões de crianças de 5 anos matriculadas na pré-escola e em classes de alfabetização, o que elevaria a expectativa de anos estudados no país para 16,7.
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