13/10/2015
Eduardo Cunha vai usar discurso “Eu nunca roubei” para tentar se defender
Após a revelação de detalhes das acusações que ligam o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao esquema de corrupção na Petrobras, a principal preocupação do peemedebista passou a ser tentar ganhar tempo para definir sua própria atuação diante do agravamento do caso.
Um eventual adiamento sobre a definição do impeachment contra a presidente
Dilma Rousseff permite ao deputado avaliar o comportamento do governo
nos próximos dias e também do procurador-geral da República, Rodrigo
Janot.
Cunha quer saber se o Planalto
vai reforçar o movimento que pede sua cassação e ainda os próximos
passos de Janot.
A Procuradoria deve levar mais 15 dias para analisar o
dossiê repassado pelo Ministério Público da Suíça sobre as transações
financeiras no exterior
e decidir se oferecerá nova denúncia contra o deputado ao STF ou se
pedirá abertura de novo inquérito para apurar suspeitas de novos crimes.
CASSAÇÃO
Cunha deve ser alvo de constrangimentos
nesta terça, quando 30 deputados de sete partidos prometem entrar com
pedido de cassação de seu mandato no Conselho de Ética da Câmara.
Os documentos da Procuradoria suíça atribuem a Cunha e familiares quatro contas
em um banco suíço. As investigações apontam que dinheiro de propina
paga para viabilizar um negócio com a Petrobras na África em 2011
abasteceram essas contas e pagaram despesas pessoais da família.
O peemedebista deve ser cobrado publicamente por gastos que mostram, por exemplo, pagamento de faturas de dois cartões de crédito, no valor total de US$ 842 mil nos últimos quatro anos.
Também há gastos registrados de US$ 59,7 mil com uma academia de tênis na Flórida, de US$ 119,7 em uma instituição de estudos na Espanha e US$ 8,4 mil a uma escola na Inglaterra.
Em depoimento espontâneo à CPI da Petrobras, em março deste ano, o presidente da Câmara disse não possuir contas no exterior.
Apesar da pressão, Cunha se disse
tranquilo. “Eu não tenho qualquer preocupação com o conselho. Entrem se
quiserem e eu me defenderei”, afirmou.
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