Publicado: 17 de janeiro de 2016 às 23:15 - Atualizado às 07:46
A ex-ministra Marina
Silva afirmou neste domingo, 17, que o seu partido, a Rede
Sustentabilidade, é contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff
porque teme que a chegada do vice-presidente Michel Temer ao poder possa
resultar na paralisação das investigações da Operação Lava Jato
Para Marina, tanto PT, partido de Dilma, quanto PMDB, de Temer, são "faces da mesma moeda" e têm responsabilidade diante dos sucessivos escândalos de corrupção que afetam o País. "O nosso receio é que o impeachment possa criar uma aura de que o problema foi resolvido, retirando todo o suporte da população às investigações da Operação Lava Jato", disse Marina após reunião da executiva da sigla, chamada de "elo nacional", em Brasília.
Um dos porta-vozes da Rede, o cientista político Luiz Eduardo Soares argumenta que, se Dilma for afastada do cargo, a coalizão de partidos que se formará para dar sustentação a um eventual governo de Temer poderia pressioná-lo para que ele colocasse obstáculos aos avanços da operação. "Essa eventualidade poderia criar condições adequadas a uma tentativa de paralisação da Lava Jato, que é hoje o que existe de mais importante no Brasil", afirmou.
Reservadamente,
um dos parlamentares da legenda disse que esse temor é um dos
principais motivos que levou a Rede a decidir, já no ano passado, a se
posicionar contra o impeachment de Dilma. Os aliados de Marina acreditam
que, como o PMDB tem nomes importantes sendo investigados pela
operação, a chegada de Temer à Presidência poderia fazer com que os
caciques da legenda atuassem para inibir a atuação da Polícia Federal,
seja repassando menos recursos para a instituição, seja escolhendo um
ministro da Justiça que desse menos liberdade de atuação a órgãos como o
Ministério Público.
A avaliação é de que hoje as investigações têm avançado mesmo com quadros importantes do governo petista, mergulhado numa grave crise política, na mira das investigações.
TSE
Neste domingo, ex-ministra voltou a afirmar que, apesar de a Rede ser contra o impeachment, o partido apoia o processo de cassação do mandato de Dilma e Temer que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para a ex-ministra, a Operação Lava Jato dará suporte para a ação e poderá revelar se o dinheiro usado na campanha de 2014 foi fruto de desvios da Petrobras.
A executiva nacional da Rede se encontrou no fim de semana, em Brasília, para discutir a conjuntura política e econômica do País. As posições debatidas foram reunidas em um documento elaborado durante o encontro.
Marina também criticou a política econômica adotada por Dilma e disse que o País vive uma "crise sem precedentes". No Congresso, a Rede não vai apoiar as medidas que vêm sendo defendidas pelo governo para o País sair da crise, como a volta da CPMF e a reforma da Presidência.
A assessoria de Temer não atendeu aos telefonemas da reportagem até a conclusão desta edição.
Para Marina, tanto PT, partido de Dilma, quanto PMDB, de Temer, são "faces da mesma moeda" e têm responsabilidade diante dos sucessivos escândalos de corrupção que afetam o País. "O nosso receio é que o impeachment possa criar uma aura de que o problema foi resolvido, retirando todo o suporte da população às investigações da Operação Lava Jato", disse Marina após reunião da executiva da sigla, chamada de "elo nacional", em Brasília.
Um dos porta-vozes da Rede, o cientista político Luiz Eduardo Soares argumenta que, se Dilma for afastada do cargo, a coalizão de partidos que se formará para dar sustentação a um eventual governo de Temer poderia pressioná-lo para que ele colocasse obstáculos aos avanços da operação. "Essa eventualidade poderia criar condições adequadas a uma tentativa de paralisação da Lava Jato, que é hoje o que existe de mais importante no Brasil", afirmou.
Marinaé contra o impeachment. (Foto: Vagner Campos)
A avaliação é de que hoje as investigações têm avançado mesmo com quadros importantes do governo petista, mergulhado numa grave crise política, na mira das investigações.
TSE
Neste domingo, ex-ministra voltou a afirmar que, apesar de a Rede ser contra o impeachment, o partido apoia o processo de cassação do mandato de Dilma e Temer que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para a ex-ministra, a Operação Lava Jato dará suporte para a ação e poderá revelar se o dinheiro usado na campanha de 2014 foi fruto de desvios da Petrobras.
A executiva nacional da Rede se encontrou no fim de semana, em Brasília, para discutir a conjuntura política e econômica do País. As posições debatidas foram reunidas em um documento elaborado durante o encontro.
Marina também criticou a política econômica adotada por Dilma e disse que o País vive uma "crise sem precedentes". No Congresso, a Rede não vai apoiar as medidas que vêm sendo defendidas pelo governo para o País sair da crise, como a volta da CPMF e a reforma da Presidência.
A assessoria de Temer não atendeu aos telefonemas da reportagem até a conclusão desta edição.
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