A presidente Dilma empreendeu uma fuga da realidade.
No seu mundo imaginário, que ela expressa a todo interlocutor que a procura, o Brasil sai logo da crise, a inflação vai voltar para a meta e seu governo terá novos recursos com a aprovação da CPMF e de uma reforma da previdência que diminuirá o número de beneficiários. [o maior risco é que Dilma quando começa sua criação mental - que, como todo ato derivado de uma fuga da realidade, oferece risco, já que a pessoa em transe - o 'criador' - adapta o que busca ao que sua imaginação, nem sempre saudável, considera real.
Com isso Dilma pode planejar e até mesmo colocar em execução práticas doentias e que prejudiquem a terceiros - vamos imaginar que ela comece a ter como necessário e exequível a redução do número de beneficiários da previdência? E que essa redução não pode ser iniciada de forma lenta e executada com mais lentidão, que são características de qualquer redução advinda de uma reforma planejada, implantada e executada na forma republicana. Do que ela será capaz?
Afinal, Berzoini, um dos comparsas da Dilma, quando ministro da Previdência no governo Lula, bolou um recenseamento que começava forçando os idosos a se apresentarem no inicio da madrugada - nas condições mais insalubres possíveis para senhores e senhoras com mais de 70 anos.
Felizmente, alguém conteve Berzoini, impedindo que o número de beneficiários fosse drasticamente reduzido pela mortandade que a prática certamente causaria nos recenseados.]
Dilma planeja recursos
abundantes para o crédito direto usando (de novo) o dinheiro de bancos
estatais - injetado nos cofres dessas instituições pelo Tesouro, na
virada de ano, como pagamento das pedaladas passadas.
[só que agora Dilma pretende usar também recursos do FGTS - dinheiro
dos trabalhadores - para financiar, a fundo perdido, o Minha Casa Minha
Vida e outras pedaladas.]
Ainda estão nos
cálculos da mandatária contribuições generosas de verba pública para os
chamados “fundos partidários”. Diz que concederá quase o triplo dos R$
289 milhões reservados sob essa rubrica em 2014. De onde vai tirar o
dinheiro ninguém sabe.
[o novo valor do Fundo Partidário já consta do Orçamento que já foi
sancionado pela cérebro baldio que ainda ocupa a presidência da
República, e supera os R$800 milhões. Dilma também foi extremamente
generosa nas emendas individuais de parlamentares.
Dessa vez Dilma já pagou aos parlamentares o voto contra seu impeachment. O Brasil do BEM espera que os parlamentares permaneçam em débito com Dilma, não honrem o compromisso e votem pelo impeachment.
Receber o pagamento e não votar conforme o desejado, pode ser considerado até uma traição a suprema mandatária (em seus devaneios Dilma se considera muito superior a Stalin, a Kim Jong-un e outras coisas do mesmo naipe), mas, tendo em conta que a 'traição' será pelo BEM do BRASIL e dos BRASILEIROS é um ato necessário e que já nasce anistiado.] Mas, em tempos de eleição, vale tudo.
Agora aos
fatos: a presidente não conta com maioria folgada para colocar na pauta
parlamentar temas espinhosos como previdência ou “imposto do cheque”.
Muito menos terá chances de levar a inflação para um índice bem abaixo
da metade dos assombrosos 10,67% registrados no ano passado. A carestia –
é sabido – vive de um efeito inercial maléfico. A conta de hoje vai
pesar na de amanhã. E assim por diante.
O processo de negação de Dilma
alcança o limite quando ela fala, com ares de conquista, de um programa
denominado “Pátria Educadora” em uma nação que teve mais de 53 mil
estudantes com nota zero na redação do Enem. No Brasil real, que Dilma
não vê e tenta fazer crer que não é culpa sua, a recessão atinge níveis
insustentáveis. A pior dos últimos 100 anos! Quase quatro milhões de
brasileiros já foram rebaixados da classe “C” para a “D” e “E”, no
patamar da miséria. E o desemprego virou a praga da vez, com recordes
sucessivos.
No Brasil nosso de cada dia, Dilma e seu mentor Lula foram
novamente arrolados nas investigações do escândalo “Petrolão” através da
delação do ex-diretor da Petrobrás, Nestor Cerveró. Ironia das ironias,
os antes arquiinimigos Collor e Lula, além de Dilma, estariam
mancomunados para fazerem da BR Distribuidora um território controlado
por amigos. E, não fosse pouco, o País pode vir a amargar outro aumento
de juros pela frente, encarecendo o cotidiano de cada um. Neste Brasil
de dificuldades sem fim, as convicções de Dilma não passam de miragem.
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