quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Moradores de rua: Um grupo que só cresce e usa as ruas como banheiro, dormitório e até motel.

População deve aumentar na época da Copa, alerta estudioso. Governo tenta resolver problema social

Da Redação
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Mais de 2,5 mil pessoas   se abrigam sob marquises, árvores e viadutos do Distrito Federal. Do total de moradores de rua, cerca de 450 são crianças, segundo pesquisa da Universidade de Brasília (UnB).  E a previsão de especialistas não é otimista: esse número deve aumentar com a proximidade de eventos como a Copa do Mundo.

“Não há como resolver a situação  a curto prazo. É preciso haver estratégias a longo prazo, educação da população para não dar esmolas e que o poder público esteja mais atento. Aqui em Brasília as pessoas são muito ‘generosas’ e acabam estimulando os moradores de rua a pedir”, diz o socioeconomista do Centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB, Marcel Bursztyn.


Medo

Mesmo com a criação do Programa Cidade Acolhedora, em julho do ano passado, que busca garantir apoio, orientação e acompanhamento a famílias e indivíduos em situação de rua, ainda se vê centenas de pessoas em situação de vulnerabilidade social em todo o DF.

Comerciantes e moradores do zona central de Brasília estão preocupados com a quantidade de pessoas que vivem nas ruas pedindo esmolas, usando drogas e até cometendo crimes. Muitos confessam que se sentem ameaçados constantemente e até constrangidos com   atos obscenos presenciados.

A dona de casa Ângela Dourado, moradora da 106 Sul, diz que tem medo de sair às ruas. “Eles andam armados, não temos segurança aqui na quadra e estão chegando cada vez mais pessoas”, afirma.

Ações enérgicas

Para o aposentado Renato Moura, é preciso que o poder público tenha ações mais enérgicas e faça programas sociais. “Não adianta   tirar das ruas. É preciso haver políticas   que acolham essas pessoas. Vamos passar uma péssima imagem durante a Copa”, diz.

Segundo   comerciantes da 108 Sul, a Igrejinha, ponto turístico da Asa Sul, está sendo esquecida porque as pessoas têm medo de visitar o local. “Construíram barracos atrás da igreja e vivem usando drogas aqui. Eles não respeitam ninguém”, relata o comerciante Rubem Lucena.

Capacidade insuficiente

No Sudoeste, moradores da Quadra 301 contam que veem cenas de nudez e até de sexo frequentemente. “Eles usam os prédios como dormitório, banheiro e até como motel, reclama o fiscal de um supermercado  Gregório dos Anjos.

De acordo com dados da Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest), existe um programa de acolhimento que busca algumas alternativas, como reinserir estas pessoas no mercado de trabalho, as ajudam a voltar para os estados de origem, oferece tratamento para usuários de drogas, tudo visando a diminuição da quantidade de pessoas usando o espaço público como moradia e/ou pontos de drogas.

A Sedest também informou que existem centros, unidades de acolhimento e casas conveniadas que oferecem vagas. No entanto, são insuficientes para atender toda a população que vive nas ruas.

Saiba Mais

A rede pública de saúde  oferece atendimento especializado para as pessoas que vivem nas ruas do Plano Piloto, Taguatinga e Ceilândia. A atenção básica é oferecida pelo programa Consultório na Rua.

Em 2013 foram feitas  7 mil consultas, entre atendimentos médicos, de enfermagem, de psicologia e de assistência social. O principal problema é que, muitas vezes, os pacientes não retornam.

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

Um comentário:

Anônimo disse...

O problema é que o GDF atrai essas pessoas em estado de vulnerabilidade para o DF quando oferece lotes e regulariza invasões embora saiba de antemão que essas pessoas não tem emprego fixo e vão viver de mendicância.Ou pior ainda de criminalidade.

Essas pessoas geralmente moram em, Planaltina, Ceilandia,Samambaia onde tem lotes doados pelo Governo ou em favelas aguardando regularização.

A culpa é totalmente do GDF que atrai essas pessoas para Brasília e quem paga o pato são os moradores regulares que pagam IPTU, impostos etc...