Reinaldo Azevedo
Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil
20/02/2014
às 4:57
O
ministro Roberto Barroso apareceu ontem na televisão, com aquele jeito
muito peculiar de ser circunspecto, para comentar o caso do agora
ex-deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
Afirmou que o Supremo irá avaliar
se o processo continuará no tribunal ou migrará para a primeira
instância. Disse que será preciso avaliar as circunstâncias. Ele pode
tomar a decisão monocraticamente, mas o mais provável é que submeta a
questão ao plenário.
Natan
Donadon, por exemplo, na véspera de ser julgado pelo Supremo, já com a
defesa apresentada, decidiu renunciar. O tribunal considerou que se
tratava de uma manobra e decidiu julgar o caso. Com Azeredo, é
diferente. Seu advogado ainda nem apresentou a defesa.
Os
petistas não precisam chiar, já que têm um precedente debaixo do seu
teto. Lembram-se dos empréstimos fraudulentos do BMG às empresas de
Marcos Valério e ao PT?
Pois é. Resultaram na Ação Penal 420. Corria no
Supremo. Só que José Genoino, único réu que tinha foro especial por
prerrogativa de função, deixou de tê-lo quando não foi eleito. Então o
processo foi enviado para a 4ª Vara Federal de Belo Horizonte.
Quando ele
decidiu assumir a vaga de deputado, a ação retornou ao Supremo. Tão
logo renunciou, seguiu de novo para a primeira instância.
Atenção! Nesse
processo do BMG, Genoino foi condenado na primeira instância a quatro
anos de prisão por falsidade ideológica.
Aliás, esse é o caso em que as
digitais de ninguém menos do que Luiz Inácio Lula da Silva aparecem de
modo insofismável (se quiser entender como, clique aqui).
Não há nenhuma razão para que o processo continue no Supremo. A menos que se queira tomar uma decisão, de fato, de exceção.
Por Reinaldo Azevedo
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