quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Pesquisa questiona benefício da mamografia para mulheres com menos de 60 anos--VEJA

Câncer de mama


O estudo, um dos maiores já feitos sobre o exame, foi feito ao longo de 25 anos com cerca de 90 000 mulheres

Mamografia: Estudo não encontra benefício do exame em comparação com avaliação física no médico entre mulheres de até 60 anos

Mamografia: Estudo não encontra benefício do exame em comparação com avaliação física no médico entre mulheres de até 60 anos (Thinkstock)
 
Um novo estudo feito no Canadá concluiu que submeter-se a mamografia todos os anos não diminui o risco de morte por câncer de mama em comparação com realizar apenas exames físicos para detectar a doença. A pesquisa, uma das maiores já realizadas sobre o assunto, avaliou cerca de 90 000 mulheres de 49 a 59 anos ao longo de 25 anos.

Ainda segundo o trabalho, um em cada cinco casos de câncer de mama diagnosticados pelo exame durante o estudo não representava uma ameaça à saúde da mulher — ou seja, não precisaria ser combatido com quimioterapia, radioterapia ou cirurgia.

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Exame — A mamografia é indicada para a detecção precoce de câncer de mama. Não há uma regra que determine a partir de qual idade uma mulher deve ser submetida ao exame, ou com qual periodicidade. O que existem são recomendações de entidades médicas e órgãos públicos a partir de fatores econômicos e pesquisas consistentes sobre o assunto. O Instituto Nacional do Câncer (Inca), por exemplo, recomenda a mamografia a cada dois anos para mulheres entre 50 e 60 anos.

As diferentes diretrizes e a postura dos médicos sobre a mamografia estão longe de alcançar um ponto em comum. Por um lado, o exame pode detectar tumores potencialmente agressivos, de modo que as pacientes comecem um tratamento precoce e aumentem suas chances de sobreviver. Por outro, existe a possibilidade de haver diagnósticos em excesso, ou seja, de detectar e tratar cânceres inofensivos, que não apresentariam sintomas ou colocariam a vida da paciente em risco.

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