Nesta quarta-feira, sem-terra arremessaram pedaços de madeira e pedras contra policiais militares e ameaçaram invadir o prédio do Supremo
A presidente Dilma Rousseff e líderes do Movimento dos
Trabalhadores Sem-Terra (MST) durante encontro com representantes do
movimento no Palácio do Planalto, em Brasília
(André Dusek/Estadão Conteúdo)
Além da presidente, participaram do encontro o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas. Dilma ganhou uma cesta com produtos produzidos nos assentamentos do MST.
Nesta quarta, os sem-terra arremessaram pedaços de madeira e pedras contra policiais militares – 22 ficaram feridos – e ameaçaram invadir o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), que teve a sessão suspensa por um alerta da segurança.
Os líderes dos sem-terra entregaram uma carta à presidente reclamando "da necessidade urgente de fazer mudanças nas políticas agrárias" do governo. "O governo foi incapaz de resolver esse grave problema social e político.
A média de famílias assentadas por desapropriações foi de apenas 13.000 por ano, a menor média após os governos da ditadura militar. É necessário assentar, imediatamente, todas as famílias acampadas", diz trecho da carta.
O MST, como já mostrou VEJA em diversas reportagens, é comandado por agitadores profissionais que, a pretexto de lutar pela reforma agrária, se valem de uma multidão de desvalidos como massa de manobra para atingir seus objetivos financeiros.
Sua arma é o terror contra fazendeiros e também contra os próprios assentados que se recusam a cumprir as ordens dos chefões do movimento e a participar de saques e atos de vandalismo. Com os anos, o movimento passou por um processo de mutação.
Foi-se o tempo em que seus militantes tentavam dissimular as ações criminosas do grupo invocando a causa da reforma agrária. Há muito isso não acontece mais.
Como uma praga, o MST ataca, destrói, saqueia – e seus alvos, agora, não são mais apenas os chamados latifúndios improdutivos.
(Com Estadão Conteúdo)
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