O Tribunal de Contas da União
(TCU) apresentou hoje um levantamento sobre a execução de obras incluídas na
Matriz de Responsabilidade para a Copa do Mundo. A auditoria aponta que as obras
de mobilidade foram, de fato, as mais prejudicadas.
De acordo com o
levantamento, dos 34 empreendimentos que ainda fazem parte da carteira da Copa,
20 projetos (59%) estavam com menos de 50% de desembolso até fevereiro. Desse
total, quatro projetos estavam ainda sem qualquer repasse financeiro.
“O panorama das ações de
mobilidade urbana para as cidades-sede da Copa, vigentes no período de
fevereiro de 2014, revela que grande parte dos projetos em andamento apresenta
atrasos e baixa execução em relação ao cronograma previsto”, afirma o
ministro-relator Walton Alencar Rodrigues.
Do total de projetos previstos
para o mundial, em fevereiro de 2014, consta como concluso apenas as obras de
adequação viária Boulevard Arrudas - Teresa Cristina, executada em Belo
Horizonte (MG).
“Além disso, foram identificadas
obras com descompasso entre os cronogramas físico e financeiro,
incompatibilidade entre a situação das obras em atraso e com baixa execução
orçamentária e física e a previsão de término do empreendimento próximo ao
início do mundial, além de obras com estimativa de conclusão após a realização
do evento”, diz Rodrigues.
O Brasil foi anunciado pela
Federação Internacional de Futebol Associação (Fifa) como sede da Copa do Mundo
em outubro de 2007. Em maio de 2009 foram anunciadas as 12 cidades que
sediariam os jogos. A criação da Matriz de Responsabilidades foi determinada
pelo TCU, por conta de dificuldades verificadas no planejamento e execução das
ações dos jogos pan-americanos, no Rio de Janeiro.
O TCU voltará a fazer um novo
levantamento de todas as obras relacionadas à Copa 90 dias após o fim do
mundial. (Valor Econômico)
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