Segundo diplomata, 85 torcedores 'se deixaram levar e cometeram erro'.
'Sabia que estava fazendo algo errado', admitiu sul-americano preso no Rio.
Cônsul do Chile no Rio fala sobre o caso de
torcedores presos
torcedores presos
Como mostrou o Bom Dia Rio, ainda segundo o diplomata, as autoridades brasileiras estão nas fronteiras e nos aeroportos para garantir que os invasores chilenos deixem o Brasil em até 72 horas.
Segundo Felipe Diaz, um dos invasores que deixou o consulado nesta madrugada, o grupo não se conhecia. "Sabia que estava fazendo algo errado, mas queria assistir ao jogo no Maracanã", afirmou. Outro chileno envolvido na invasão, Rodrigo Barra contou que algumas pessoas detidas até tinham ingresso, mas acabaram entrando na avalanche dos invasores.
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Avaliação conjuntaA invasão do Maracanã por torcedores chilenos, ocorrida na tarde de quarta-feira, momentos antes do jogo entre Chile e Espanha, será avaliada em conjunto pelo consulado do país e pela Justiça brasileira, segundo Ossa.
Segundo o Ministério da Justiça, caso não cumpram a notificação, os torcedores estrangeiros estarão sujeitos à deportação sumária pela Polícia Federal, com respaldo no Estatuto do Estrangeiro. O Juizado Especial Criminal (Jecrim) é o responsável pelo caso. "Há alguns desses torcedores que já vivem no Brasil, e isso também será avaliado", assegurou o cônsul.
O consulado também vai avaliar como fazer o pagamento pelos estragos causados no local invadido, que será de responsabilidade dos invasores. Ossa ressaltou ainda que as relações entre Brasil e Chile devem continuar as "melhores possíveis".
Por volta das 23h30, na chegada dos torcedores ao consulado, que fica no Flamengo, Zona Sul do Rio, os chilenos fizeram elogios à polícia brasileira. "Nos trataram muito bem. Nos deram água, toda a assistência", afirmou Francisco Echerregaray, de 25 anos.
Após a saída dos ônibus, os torcedores continuaram a cantoria que tomou conta do Maracanã após a vitória de 2 a 0 sobre a Espanha, o tradicional "Chi,chi,chi, le,le,lê, Viva Chile".
Tensão antes do jogo
Segundo a Secretaria de Segurança do Rio, 88 pessoas foram levadas, em três ônibus, para a Cidade da Polícia, no Jacaré, Subúrbio, onde chegaram às 18h05. Três dos detidos eram argentinos, levados como testemunhas (inicialmente, a secretaria informou que 90 torcedores haviam sido detidos. A informação foi corrigida para 85 no fim da tarde de quarta). Um representante do consulado chileno foi para o local. Por volta das 21h30, todos foram levados para a sede do consulado.
Durante a invasão do Maracanã, na altura do portão 9 da entrada B, houve muita correria e gritos na área, onde trabalham jornalistas. Segundo relatos do Globoesporte.com, torcedores forçaram uma das grades da cerca de proteção, e duas paredes foram derrubadas. O grupo foi contido pelos "stewards" (seguranças particulares da Fifa).
Depois de controlados, todos foram colocados sentados no chão e, em seguida, conduzidos por PMs do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) para a delegacia. Em comunicado, a Fifa disse que a invasão foi feita de "forma violenta", "quebrando cercas e passando pela segurança".
"Os organizadores da Copa do Mundo da Fifa condenam esses atos de violência e irão comunicar em breve mais informações e as medidas a serem tomadas."
Ainda de acordo com o Globoesporte.com, funcionários do Comitê Organizador Local (COL) informaram que os chilenos circulavam pela área e alguns disseram precisar de atendimento médico, distraindo parte das autoridades antes da invasão.
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