À esquerda, o deputado Moura, junto com Alexandre Padilha.
O PT divulgou ontem a lista dos
filiados que cumpriram os critérios para serem candidatos do partido nas
eleições de outubro, e o nome do deputado estadual Luiz Moura não está na
relação. Pela suspeita de que tenha relacionamento com integrantes do Primeiro Comando
da Capital (PCC), facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios, o PT
suspendeu, na semana passada, as atividades partidárias de Moura por 60 dias,
e, com isso, retirou o direito do deputado de concorrer à reeleição.
Com a divulgação da lista ontem,
o partido ratificou a decisão. “Candidatos ou candidatas que não tenham sido
incluídos na lista de aptos não terão direito à legenda e não poderão disputar
as eleições de 2014”, afirmou o partido em seu site.
Moura participou de uma reunião
que foi alvo de uma operação da Polícia Civil de São Paulo em uma investigação
sobre o envolvimento do PCC nos ataques a ônibus na capital paulista neste ano.
Neste encontro, ocorrido em uma garagem de ônibus na zona leste, estavam
pessoas com antecedentes criminais e um foragido da Justiça.
O deputado nega qualquer
envolvimento com o PCC. Moura alega que seu mandato é voltado para a área de
transportes - ele foi líder dos perueiros antes de ser eleito - e sempre faz
reuniões em garagens. O petista também sustenta que não tem como pedir os
antecedentes criminais das pessoas com as quais se reúne. Em relação à citada
reunião, Moura afirma que fazia a interlocução entre as garagens e a Prefeitura
em relação à campanha salarial de motoristas e cobradores, para evitar que
houvesse greve.
Com o aval do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, o PT decidiu impedir Moura de ser candidato para evitar
que a constante exposição de seu nome no noticiário, relacionado ao PCC,
respingasse na imagem do partido. Na semana passada, o deputado ameaçou
recorrer à Justiça para que pudesse ser candidato. Ontem, a reportagem tentou
contato com Moura em seu gabinete, mas ninguém atendeu as ligações. (Estadão)
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