quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Debate com candidatos no DF é marcado por críticas a governador e ex


Os concorrentes ao governo do Distrito Federal focaram suas críticas à administração de Agnelo Queiroz (PT) durante debate eleitoral promovido pela Band na noite desta terça-feira (19). Também foi alvo o ex-governador José Roberto Arruda (PR), líder nas pesquisas de intenção de voto e que pode ser cassado com base na Lei da Ficha Limpa.


 

Intenção de voto %

Governador DF


ArrudaPR

32

Agnelo QueirozPT

17

Rodrigo RollembergPSB

15

Luiz PitimanPSDB

6

ToninhoPSOL

6

Perci MarraraPCO

1

Brancos e nulos

13

Indecisos

10
Agnelo comanda o Palácio do Buriti, sede do governo do DF, desde 2011, e tenta a reeleição no pleito de outubro. Para seus rivais, sua administração foi marcada por "ineficiência" e "burocracia".

"As secretarias desse governo viraram verdadeiros cabides de emprego", afirmou o candidato Rodrigo Rollemberg (PSB). "Eu sou candidato porque não me conformo com o apagão de gestão, eu tenho certeza que vou fazer muito mais, um governo eficiente, que valoriza a participação popular."

Arruda ecoou o "apagão de gestão" levantado por Rollemberg. O ex-governador e candidato do PR defende que o número de secretarias sejam reduzido pela metade e retomada de investimentos. "Por que o governo aumentou a arrecadação e as obras diminuíram?", questionou.

A mesma crítica foi feita pelo candidato do PSDB, Luiz Pitiman. "Estão gerindo mal o nosso dinheiro. É secretaria demais e dinheiro de menos."

O candidato Toninho do PSOL criticou a gestão dos recursos na área dos transportes. Para ele, a empresa que administra o transporte coletivo no DF foi sucateada durante a administração de Arruda e não foi recuperada por Agnelo.

Questionado por diversas ações em seu mandato, o governador do DF se defendeu. Agnelo afirmou que assumiu o governo em um momento de crise política e moral após os escândalos envolvendo o ex-governador Arruda e que transformou o governo em uma administração mais transparente, com fiscalização e independência das polícias para investigar casos de corrupção.


 "Nós conhecemos essa historias, vimos a tragédia da caixa de pandora, essa tragédia eu rompi com ela e implantamos uma secretaria de transparência", disse.

O governador também destacou os investimentos e o apoio que recebeu do governo federal no DF para pedir votos. "[A reeleição] é uma oportunidade de resgatar tantas coisas que foram feitas e fazer muitas outras. Eu fiz e vou fazer mais. Eu quero agradecer muito a presidente Dilma pelo investimento", declarou. Agnelo é do mesmo partido da presidente Dilma Rousseff.

Arruda questionado

 

Com base na Lei da Ficha Limpa, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Distrito Federal rejeitou na semana passada a candidatura de Arruda ao governo local. O ex-governador do DF, que chegou a ser preso durante o seu mandato, em 2010, foi condenado em primeira instância por improbidade administrativa por envolvimento no escândalo de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM.



A condenação foi motivo de questionamento no debate. "O senhor [Arruda] envergonhou o povo do DF, foi preso e condenado. [...] O TSE vai impugnar sua candidatura, por que a insistência?", questionou o candidato Toninho. "Você teve oportunidade e errou três vezes na tua vida", completou.


"Eu respeito as leis do meu país. Esse combate é uma tentativa de burlar as leis para tentar me tirar da eleição. Quem decide isso é a Justiça, a decisão que ela tomar, todos nós vamos respeitar", respondeu Arruda.





 





Candidatos ao governo do DF atacam Arruda na TV; Agnelo ignora Dilma

Do UOL, em Brasília


No primeiro dia do horário eleitoral gratuito, os candidatos ao governo do Distrito Federal atacaram nesta quarta-feira (20) o ex-governador José Roberto Arruda (PR), condenado com base na Lei da Ficha Limpa. Arruda é candidato novamente ao governo o DF e pode ter a candidatura cassada.

O governador Agnelo Queiroz (PT), candidato à reeleição, usou uma fala da convenção estadual do PT, em junho, para alfinetar o rival. "Vamos ter que impedir que certos personagens que fizeram parte de um tempo triste e sombrio (...) tentem se apossar do governo outra vez", declarou. 

A propaganda do petista usou depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas ignorou a presidente Dilma Rousseff (PT).

Ainda em referência indireta a Arruda, Agnelo disse que o DF tem que andar "para a frente". "Brasília não vai andar para trás, nós vamos andar para a frente."

O candidato Toninho do PSOL também criticou o ex-governador, sem citar seu nome, dizendo apenas que "o povo está cansado de corrupção e impunidade".

Pitiman, do PSDB, também criticou de forma velada o adversário. A propaganda tucana mostra uma eleitora dizendo, sobre Pitiman, que "não tem nada que envergonhe o eleitor dele", com um selo de "ficha limpa" sobre a tela.

Em sua propaganda, Arruda disse que "vamos tratar das acusações e das mentiras no momento certo". Ele disse ainda sentir "saudades" do tempo em que era governador.


Já o candidato Rodrigo Rollemberg (PSB) usou a totalidade de seu tempo de propaganda para homenagear o ex-candidato à Presidência Eduardo Campos, morto na semana passada.

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