quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Vídeo reforça hipótese de que piloto se desorientou




A queda do Cessna Citation 560 XL que levava o presidenciável Eduardo Campos foi em ângulo acentuado, alta velocidade e sem registro de fogo no ar, o que reforça a hipótese da Aeronáutica de "desorientação espacial" do piloto da aeronave. 


Conforme a Folha apurou com diferentes autoridades militares, essa é a principal suspeita, mas ainda há muitas dúvidas. Os investigadores precisam saber com precisão, por exemplo, se o avião estava em posição normal ou de barriga pra cima.
Os dados foram retirados da única imagem do avião em queda até agora, gravada de câmera instalada em um prédio em construção próximo ao local do acidente. 

Assista ao vídeo em tablets e celulares
 
A Aeronáutica diz que só viu as cenas divulgadas pela imprensa e enviou equipe ao local para tentar imagens mais nítidas. 

Todos os sete ocupantes do avião morreram no acidente, em Santos, no último dia 13.
Pela posição e pela velocidade da queda, sem aparente problema técnico, a Aeronáutica trabalha com a hipótese de falha humana, dividida em três possibilidades: 


1) A principal, conforme a Folha antecipou na sexta (15), é de "desorientação espacial", quando o piloto perde a noção da posição do avião em relação ao solo e dá os comandos errados. 

As dificuldades da pista da Base Aérea de Santos, no Guarujá, as condições meteorológicas, a tensão na hora de arremeter e o cansaço manifestado publicamente pelo comandante da aeronave podem ter contribuído para tal. 

2) O avião entrou em "estol", situação em que o piloto perde o controle sobre a aeronave. Isso pode ter ocorrido porque o tempo estava muito fechado, com teto baixo, e o piloto pode ter reduzido excessivamente a velocidade ou, ao contrário, ter recolhido o flap em desacordo com o manual do fabricante para procedimento de arremeter em alta velocidade. 

Em consequência disso, o avião perdeu as condições aerodinâmicas, e o piloto, as de controle do voo. 

É possível sair de "estol", mas com uma condição: a aeronave precisa estar em altitude elevada para corrigir uma situação de risco. Não era o caso. 

3) Uma combinação dos dois fatores anteriores. O piloto entrou em estado de "desorientação espacial", atrapalhou-se com os comandos e o avião entrou em "estol".
Quando se recuperou e tentou sair do "estol", acelerando, não havia altitude suficiente para tanto. 

PRAZO
A Aeronáutica afirmou que não trabalha com "causas", mas com "fatores contribuintes" do acidente. 

Não há prazo para o final das investigações, de acordo com nota enviada à imprensa nesta quarta-feira (20). 




Editoria de Arte/Folhapress

Comentários

Dudu (225)

Por enquanto ainda não apareceu a tese de falta de "grooving" no ar?

Carlos (54)


Mas e tal "bola de fogo" que muitas pessoas dizem ter visto ? Na imagem não aparece, mas que testemunhou de perto disse que o avião estava com uma parte em chamas.

Waner (2581)

Não entendo nada, mas para mim foi falha mecânica: os pilotos forçaram a aeronave que não resistiu.

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