terça-feira, 30 de setembro de 2014

Animais selvagens foram reduzidos pela metade desde 1970, diz WWF

30/09/2014 - 12:36

Meio ambiente


Relatório publicado pela ONG informa que as exigências da humanidade são atualmente 50% maiores do que a natureza suporta

Tartarugas estão entre os animais mais afetados, com queda de 80%
Tartarugas estão entre os animais mais afetados, com queda de 80% (Asit Kumar/AFP/VEJA) 

 
As populações mundiais de peixes, pássaros, mamíferos, anfíbios e répteis diminuíram 52% entre 1970 e 2010, muito mais rápido do que se pensava anteriormente, afirmou o Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês) na segunda-feira. O Relatório Planeta Vivo, publicado pela entidade conservacionista a cada dois anos, informou que as exigências da humanidade são atualmente 50% maiores do que a natureza suporta, e a derrubada de árvores, o bombeamento de água do subsolo e a emissão de dióxido de carbono ocorrem mais rápido que a capacidade de recuperação da Terra.

"Este dano não é inevitável, mas uma consequência da maneira que escolhemos para viver", disse Ken Norris, diretor de ciência da Sociedade Zoológica de Londres, em comunicado. Mas ainda há esperança, se políticos e empresários adotarem a ação certa para proteger a natureza, pontuou o relatório. "É essencial aproveitarmos a oportunidade – enquanto podemos – para desenvolver a sustentabilidade e criar um futuro no qual as pessoas possam viver e prosperar em harmonia com a natureza", afirmou o diretor-geral internacional da WWF, Marco Lambertini.

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América Latina — A investigação sobre as populações de vertebrados revelou que os maiores declínios aconteceram nas regiões tropicais, especialmente na América Latina. O Índice Planeta Vivo da WWF se baseia em tendências nas 10 380 populações de 3 038 espécies de peixes, pássaros, mamíferos, anfíbios e répteis. A pior queda foi entre populações de espécies de água doce, que diminuíram em 76% ao longo de quatro décadas até 2010, enquanto as cifras de animais marinhos e terrestres sofreram uma queda de 39%.
(Com Agência Reuters)

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