30/09/2014 10h33
- Atualizado em
30/09/2014 13h55
Governo arrecadou R$ 5,85 bilhões, abaixo dos R$ 7,7 bilhões esperados.
Dois dos seis lotes oferecidos não tiveram interessados.
As operadoras Claro,
TIM e Telefónica/Vivo arremataram nesta terça-feira (30) os três lotes
nacionais oferecidos no leilão do 4G, promovido pela Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel).
Esses lotes são chamados de nacionais porque permitem à vencedora
oferecer o serviço de banda larga de quarta geração em todo o país.
A Algar arrematou o lote 5 (regional) do leilão, que permite oferta do 4G justamente na área em que a empresa, ex-CTBC, possui concessão de telefonia. Dois lotes regionais não tiveram ofertas, e chegaram a ser oferecidos fracionados na segunda fase do leilão, mas permaneceram sem interessados.
O governo arrecadou, com o leilão, R$ 5,85 bilhões – abaixo dos R$ 7,7 bilhões previstos caso todos os lotes fossem arrematados pelos valores mínimos.
Na abertura dos envelopes para o primeiro lote, a Claro apresentou a maior oferta (R$ 1,947 bilhão), ágio de 1% em relação ao mínimo exigido pelo governo (R$ 1,927 bilhão). Ela foi seguida pela TIM (R$ 1,928 bilhão) e Vivo (R$ 1,927 bilhão, valor mínimo). A Algar não apresentou proposta para esse lote.
TIM e Vivo foram classificadas e chamadas para apresentar proposta substitutiva na fase de disputa, mas abdicaram do direito. Assim, a Claro levou o primeiro lote sem disputa.
O edital previa, após abertura dos envelopes, classificação das propostas, da maior para a menor. As empresas que tivessem oferecido valor equivalente a pelo menos 70% da primeira colocada teriam direito a participar da fase de disputa pelo lote, em que elas poderiam elevar suas ofertas.
A Oi, quarta grande operadora de telefonia do país, não participou do leilão. A empresa vive um momento difícil, com sua fusão com a Portugal Telecom enfrentando problemas depois que a segunda levou "calote" de um empréstimo feito a outra empresa do grupo.
TIM leva lote 2
A TIM foi a vencedora do segundo lote, também nacional, ofertado pela Anatel. A empresa ofereceu R$ 1,947 bilhão, ágio de 1% em relação ao mínimo exigido no edital (R$ 1,927 bilhão), mesmo valor oferecido pela Claro no primeiro lote.
A Algar novamente não apresentou proposta para o segundo lote. Já a Claro não pode disputá-lo porque arrematou o primeiro.
A Vivo apresentou proposta de R$ 1,927 bilhão, mínimo exigido no edital pelo lote 2. A empresa foi chamada a participar da fase de disputa, mas recusou. A TIM, portanto, arrematou o segundo lote sem disputa.
Vivo fica com lote 3
Como previsto, a Vivo ficou com o terceiro lote que dá direito à oferta nacional do serviço de 4G. A empresa ofereceu proposta de R$ 1,927 bilhão, mínimo exigido no edital.
A Algar novamente não apresentou proposta. Já a Claro e a TIM não puderam disputá-lo por terem arrematado, respectivamente, o primeiro e o segundo lotes do leilão.
Lotes regionais
A Algar arrematou o lote 5 do leilão, que permite oferta do 4G em 87 municípios do interior de São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
A proposta da Algar foi de R$ 29,567 milhões, R$ 7 mil acima do valor mínimo exigido no edital por esse lote (R$ 29,560 milhões). Assim como nos outros lotes, não houve disputa com as outras empresas que participam do leilão.
Sem oferta e queda na arrecadação
Não houve interessados para o lote 6, que abrange a área de concessão da Sercomtel no Paraná (cidades de Londrina e Tamarana), e para o lote 4, que permite oferecer o serviço do 4G em todo o país exceto as áreas de concessão da Sercomtel e da Algar (87 municípios no interior de São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais).
Como previsto no edital, esses dois lotes voltaram a ser oferecidos às quatro empresas participantes, em uma segunda fase onde eles foram fatiados em pedaços menores (5 + 5 MHz, ao contrario dos 10 + 10 Mhz da primeira fase). Mesmo assim, não houve proposta. O “encalhe” desses dois lotes vai reduzir a arrecadação do governo com o leilão.
Além do valor pago pelas licenças, as vencedoras se comprometem a investir na chamada “limpeza” da faixa de 700 MHz, ou seja, a retirada das centenas de canais de tv analógico que hoje transmitem sua programação nessa frequência.
O investimento, estimado em R$ 3,6 bilhões, vai servir para comprar equipamentos que permitirão a essas emissoras transmitir em outra frequência, digital. De acordo com o edital, o valor será rateado entre as vencedoras dos seis lotes. E, no caso de algum lote não ser arrematado, o que de fato ocorreu, as empresas vencedoras têm que assumir a parte que cabia a eles na limpeza.
Os lotes 4 e 6, que não foram arrematados, traziam atrelados obrigação de investimento de, respectivamente, de R$ 887,6 milhões e R$ 2,5 milhões, na limpeza da faixa. Segundo o edital, esses valores serão assumidos por Claro, TIM, Vivo e Algar mas, também, descontado do valor que elas vão pagar pelas licensças.
Assim, ao invés dos R$ 5,85 bilhões o governo pode arrecadar, na verdade, cerca de R$ 5 bilhões.
A ausência de interessados nos dois lotes não prejudica a oferta do 4G nas áreas, já que as três empresas que arremataram os lotes nacionais vão prestar o serviço em todo o país.
Governo pretendia arrecadar R$ 7,7 bilhões
Foram colocados à venda 6 lotes ou “pedaços” da faixa de frequência de 700 MHz (megahertz). O governo fixou em edital o mínimo que aceitava receber por cada um dos lotes. A soma dos preços mínimos dos seis lotes era R$ 7,7 bilhões. O governo Dilma Rousseff conta com esse dinheiro para reforçar o caixa num momento de queda de arrecadação de impostos e risco de não cumprir a economia a que se comprometeu para pagar dívidas, o chamado superávit primário.
Quatro empresas – Claro, Algar (CTBC), Telefónica/Vivo e TIM – participaram da disputa. Elas foram as únicas que entregaram propostas para os lotes, em 23 de setembro. No mesmo dia, a operadora Oi surpreendeu o setor ao informar, por meio de fato relevante, que havia desistido do leilão. A Nextel também optou por ficar de fora da disputa.
A Algar arrematou o lote 5 (regional) do leilão, que permite oferta do 4G justamente na área em que a empresa, ex-CTBC, possui concessão de telefonia. Dois lotes regionais não tiveram ofertas, e chegaram a ser oferecidos fracionados na segunda fase do leilão, mas permaneceram sem interessados.
O governo arrecadou, com o leilão, R$ 5,85 bilhões – abaixo dos R$ 7,7 bilhões previstos caso todos os lotes fossem arrematados pelos valores mínimos.
Na abertura dos envelopes para o primeiro lote, a Claro apresentou a maior oferta (R$ 1,947 bilhão), ágio de 1% em relação ao mínimo exigido pelo governo (R$ 1,927 bilhão). Ela foi seguida pela TIM (R$ 1,928 bilhão) e Vivo (R$ 1,927 bilhão, valor mínimo). A Algar não apresentou proposta para esse lote.
TIM e Vivo foram classificadas e chamadas para apresentar proposta substitutiva na fase de disputa, mas abdicaram do direito. Assim, a Claro levou o primeiro lote sem disputa.
O edital previa, após abertura dos envelopes, classificação das propostas, da maior para a menor. As empresas que tivessem oferecido valor equivalente a pelo menos 70% da primeira colocada teriam direito a participar da fase de disputa pelo lote, em que elas poderiam elevar suas ofertas.
A Oi, quarta grande operadora de telefonia do país, não participou do leilão. A empresa vive um momento difícil, com sua fusão com a Portugal Telecom enfrentando problemas depois que a segunda levou "calote" de um empréstimo feito a outra empresa do grupo.
TIM leva lote 2
A TIM foi a vencedora do segundo lote, também nacional, ofertado pela Anatel. A empresa ofereceu R$ 1,947 bilhão, ágio de 1% em relação ao mínimo exigido no edital (R$ 1,927 bilhão), mesmo valor oferecido pela Claro no primeiro lote.
A Algar novamente não apresentou proposta para o segundo lote. Já a Claro não pode disputá-lo porque arrematou o primeiro.
A Vivo apresentou proposta de R$ 1,927 bilhão, mínimo exigido no edital pelo lote 2. A empresa foi chamada a participar da fase de disputa, mas recusou. A TIM, portanto, arrematou o segundo lote sem disputa.
Vivo fica com lote 3
Como previsto, a Vivo ficou com o terceiro lote que dá direito à oferta nacional do serviço de 4G. A empresa ofereceu proposta de R$ 1,927 bilhão, mínimo exigido no edital.
A Algar novamente não apresentou proposta. Já a Claro e a TIM não puderam disputá-lo por terem arrematado, respectivamente, o primeiro e o segundo lotes do leilão.
Lotes regionais
A Algar arrematou o lote 5 do leilão, que permite oferta do 4G em 87 municípios do interior de São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
A proposta da Algar foi de R$ 29,567 milhões, R$ 7 mil acima do valor mínimo exigido no edital por esse lote (R$ 29,560 milhões). Assim como nos outros lotes, não houve disputa com as outras empresas que participam do leilão.
Sem oferta e queda na arrecadação
Não houve interessados para o lote 6, que abrange a área de concessão da Sercomtel no Paraná (cidades de Londrina e Tamarana), e para o lote 4, que permite oferecer o serviço do 4G em todo o país exceto as áreas de concessão da Sercomtel e da Algar (87 municípios no interior de São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais).
Como previsto no edital, esses dois lotes voltaram a ser oferecidos às quatro empresas participantes, em uma segunda fase onde eles foram fatiados em pedaços menores (5 + 5 MHz, ao contrario dos 10 + 10 Mhz da primeira fase). Mesmo assim, não houve proposta. O “encalhe” desses dois lotes vai reduzir a arrecadação do governo com o leilão.
Além do valor pago pelas licenças, as vencedoras se comprometem a investir na chamada “limpeza” da faixa de 700 MHz, ou seja, a retirada das centenas de canais de tv analógico que hoje transmitem sua programação nessa frequência.
O investimento, estimado em R$ 3,6 bilhões, vai servir para comprar equipamentos que permitirão a essas emissoras transmitir em outra frequência, digital. De acordo com o edital, o valor será rateado entre as vencedoras dos seis lotes. E, no caso de algum lote não ser arrematado, o que de fato ocorreu, as empresas vencedoras têm que assumir a parte que cabia a eles na limpeza.
Os lotes 4 e 6, que não foram arrematados, traziam atrelados obrigação de investimento de, respectivamente, de R$ 887,6 milhões e R$ 2,5 milhões, na limpeza da faixa. Segundo o edital, esses valores serão assumidos por Claro, TIM, Vivo e Algar mas, também, descontado do valor que elas vão pagar pelas licensças.
Assim, ao invés dos R$ 5,85 bilhões o governo pode arrecadar, na verdade, cerca de R$ 5 bilhões.
A ausência de interessados nos dois lotes não prejudica a oferta do 4G nas áreas, já que as três empresas que arremataram os lotes nacionais vão prestar o serviço em todo o país.
Governo pretendia arrecadar R$ 7,7 bilhões
Foram colocados à venda 6 lotes ou “pedaços” da faixa de frequência de 700 MHz (megahertz). O governo fixou em edital o mínimo que aceitava receber por cada um dos lotes. A soma dos preços mínimos dos seis lotes era R$ 7,7 bilhões. O governo Dilma Rousseff conta com esse dinheiro para reforçar o caixa num momento de queda de arrecadação de impostos e risco de não cumprir a economia a que se comprometeu para pagar dívidas, o chamado superávit primário.
Quatro empresas – Claro, Algar (CTBC), Telefónica/Vivo e TIM – participaram da disputa. Elas foram as únicas que entregaram propostas para os lotes, em 23 de setembro. No mesmo dia, a operadora Oi surpreendeu o setor ao informar, por meio de fato relevante, que havia desistido do leilão. A Nextel também optou por ficar de fora da disputa.
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