terça-feira, 30 de setembro de 2014

"A hora difícil para Aécio. A hora difícil para todos" nós.

Blog de Paulo Baia

sexta-feira, 27 de setembro de 2014

"A hora difícil para Aécio. A hora difícil para todos nós.

A campanha do Aécio está num encruzilhada. Dependendo de como Aécio ataque Marina na reta final da campanha, pode acabar ajudando Dilma a vencer a eleição até mesmo no primeiro turno. Seria uma derrota terrível para as oposições e todos ficaríamos com caras de idiotas.

Fiz absoluta questão de não apoiar nenhum dos candidatos a presidente (pode ser conferido na minha timeline). Fiquei neutro não por deixar de ter as minhas preferências, mas por pensar que a questão principal é derrotar Dilma e o PT. Se eles ficarem mais quatro anos no poder, teremos certamente uma grave crise econômica e política pela frente. Muito em breve, eu imagino.

O PSDB tem duas maneiras de derrotar Dilma. A primeira é levar Aécio ao segundo turno e vencê-lo. As duas coisas parecem bem difíceis neste momento! Bem difíceis mesmo! A segunda é compor-se com Marina e colocar suas condições para apoiar e participar do seu governo.

Obviamente, do ponto do vista de Aécio e do PSDB a primeira opção é a melhor. Não há dúvida sobre isso. O único problema é que se for usada qualquer arma para cumprir o plano A, os dois planos podem terminar inviabilizados. E toca construir um plano C para 2018!

Não é verdade que Marina e Dilma sejam variante do mesmo. Marina não tem compromisso com os mensaleiros nem com o PMDB. Não tem passado ligado à corrupção. Seus economistas são muito próximos ao PSDB. Marina tem defendido a independência do Banco Central e o ajuste fiscal. Ela não tem os arroubos autoritários e bolivarianos da velha esquerda stalinista. Não vai tentar "regular" a imprensa. E certamente não seguirá com essa política externa vergonhosa que temos.

Marina pode não ser o ideal. Do meu ponto de vista, não é mesmo. Mas seria um imenso passo em frente e uma derrota monumental para o PT. Até analistas tido como radicais, como o Rodrigo Constantino, por exemplo, têm poupado Marina e até manifestado alguma simpatia, não pela candidatura, é claro, mas pelo fenômeno oposicionista que ela representa.

Aécio, o PSDB e todos que o apoiam devem pensar muito bem no que farão nesta reta final. No início da campanha, quando Aécio estava na frente de Eduardo Campos, havia um pacto de não agressão entre ambos. Agora que Marina está na frente este pacto deveria ser honrado. Não por uma questão apenas moral, mas sobretudo política.

É claro que Aécio tem o direito de manter a sua candidatura até o final. Mas, se o fizer, deveria ver muito bem COMO o fará. Esta é uma boa hora para demonstrar que, mais do que um mero projeto de poder, ele e o PSDB têm um projeto político alternativo para o Brasil. Nós estamos precisando e muito."

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