Soa estranho que os candidatos a
cargos eletivos na cidade não tenham se manifestado publicamente, até
agora, contra as declarações de um ministro do STF que afirmou, alto e
bom som, que o Distrito Federal não tem sequer dignidade para ter
autonomia política. ...
O silêncio dos candidatos corrobora com significativa parcela da
população que simplesmente se posiciona contrária à emancipação política
de Brasília. A informação de que somente para a folha de pagamentos do
pessoal o GDF despende mensalmente R$ 1,7 bilhão demonstra de forma
cabal que, para o cidadão contribuinte, a representação política local,
além de não resolver os principais problemas da sociedade, incorporou
novos custos ao Estado.
O que está em jogo aqui não é simplesmente a
distorção dos valores políticos que levam pessoas, reconhecidamente na
contramão da lei, a pretenderem cargos públicos. O que mais interessa ao
cidadão é que para manter um aparato representativo hiperinflado nos
Três Poderes, o preço pago, na forma de impostos vários, é altíssimo.
Ao
problema dos péssimos serviços prestados à população em saúde, educação
e segurança, somam-se, agora, os custos exorbitantes para a manutenção
de uma representação política, distante dos anseios comuns dos
indivíduos. Representação política que o próprio ministro do STF
classificou de rastaquera, ou seja, fuleira. Assim como no futebol,no
qual por sua importância, o pênalti deveria ser batido pelo presidente
do clube, na política, pela importância que ela tem para a vida de todos
e de cada um, deveria ser exercida por pessoas comprovadamente idôneas
e, por conseguinte, sem ônus para o cidadão.
Fonte: Blog do ARI CUNHA - 02/09/2014 - - 07:54:18
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