sexta-feira, 12 de setembro de 2014

PT também tem problemas de caixa em São Paulo e no Rio

FOLHA


A exemplo de Gleisi Hoffmann no Paraná, apostas de grandes partidos para a eleição nos Estados têm enfrentado dificuldades de caixa e falta de fôlego nas pesquisas.

A segunda parcial da prestação de contas da campanha mostrou algumas dessas candidaturas com gastos acima das receitas e arrecadação inferior a dos principais rivais.

Como Gleisi, que tem saldo negativo de R$ 2,8 milhões, os petistas Alexandre Padilha (SP) e Lindbergh Farias (RJ) também estão no vermelho -R$ 30,8 milhões e 1,1 milhão, respectivamente.
Padilha, por exemplo, arrecadou R$ 4,1 milhões -menos de um terço do líder nas pesquisas, Geraldo Alckmin (PSDB), e a metade do segundo colocado, Paulo Skaf (PMDB).



Lindbergh Farias, candidato do PT ao governo do Rio, durante entrevista ao programa "Poder e Política"
Lindbergh Farias, candidato do PT ao governo do Rio, durante entrevista ao programa "Poder e Política"   


Mais de 50% das receitas do petista vieram de repasses das direções estadual e nacional do partido, o que também é um indicativo de dificuldades na arrecadação.


No Rio, Lindbergh está em quarto lugar no último Datafolha, com 12% das preferências, e arrecadou menos de um terço do que o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que divide a dianteira da disputa com Anthony Garotinho (PMDB) -ambos possuem 25%.

PROS E PSB
No PSB, duas candidaturas que haviam sido articuladas por Eduardo Campos, morto em agosto, também buscam recuperação nas pesquisas e nas contas: a dos senadores Rodrigo Rollemberg (DF) e Lídice da Mata (BA).

Rollemberg tem R$ 400 mil de despesas a pagar na campanha e divide o segundo lugar na preferência do eleitorado com o governador Agnelo Queiroz (PT) -José Roberto Arruda (DEM) lidera.

A senadora do PSB vê a disputa na Bahia se polarizar entre DEM e PT, que vêm encontrando mais doadores. O petista Rui Costa é o candidato a governador no país que mais levantou recursos até agora -R$ 14,6 milhões.

Em baixa nas pesquisas, até um atual governador também enfrenta complicações de caixa -José Melo (Pros), do Amazonas. Ele tem déficit de campanha de R$ 3,5 milhões e arrecadou menos da metade do valor obtido por Eduardo Braga (PMDB), líder nas pesquisas.

Em geral, as campanhas negam relação entre arrecadação e intenção de voto.

O coordenador de campanha de Lídice, Antônio Carlos Tramm, diz que os rivais arrecadam mais porque contam com "a máquina da prefeitura ou do governo".

As campanhas de Gleisi e de Padilha dizem que o balanço está negativo porque foram declaradas despesas previstas, mas ainda não pagas. A campanha de Lindbergh não respondeu, e a reportagem não conseguiu contato com Melo e Rollemberg.

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