segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Lula é um “moleque de rua” segundo Ricardo Noblat




Em sua coluna de hoje, o jornalista Ricardo Nobat definiu Lula como um “moleque de rua”. Na verdade, um sujeito com duas caras, dependendo da conveniência. Mas a cara mais verdadeira é mesmo a do moleque. Diz Noblat:

Qual Lula é o verdadeiro? O bem educado que aparece no programa de propaganda eleitoral de Dilma na televisão, defende os 12 anos de governos do PT e, ao cabo, sorridente, pede votos para reeleger sua sucessora?
Ou o moleque de rua que pontifica em comícios país a fora, sugerindo, sem ter coragem de afirmar diretamente, que Aécio é capaz, sim, de dirigir embriagado, agredir mulheres e se drogar?
O segundo é o mais próximo do verdadeiro Lula. Digo por que o conheço desde quando era líder sindical. Lula é uma metamorfose ambulante. Não foi ninguém quem o disse, foi ele quem se rotulou assim.
A esquerda tudo perdoaria a Lula desde que chegasse ao poder. Chegou, cavalgando-o. Uma vez lá, se corrompeu. Quanto a ele… Não sabia de nada. Nunca soube.
Justiça seja feita a Lula: por desconhecimento de causa e preguiça, ele jamais compartilhou as ideias da esquerda. Assim como ela se aproveitou dele, Lula se aproveitou dela. Um casamento não por amor, mas por interesse.

E Lula é uma pessoa movida apenas por interesses, jamais por princípios e valores. Mente de forma compulsiva, por hábito, por prazer, por falta de escrúpulos. E como Noblat diz, não vamos colocar a culpa em sua infância pobre, pois não há essa ligação direta. Muita gente que veio da pobreza tem caráter, aquilo que falta ao ex-presidente.

Noblat aponta, ainda, o cinismo de alguém que chora no velório de D. Ruth Cardoso enquanto sua ministra Dilma preparava um dossiê contra ela para atingir o adversário tucano. Ou de alguém que diz não tolerar a agressividade, enquanto já xingou presidentes antecessores de tudo que é coisa.

Como Lula, existem vários Brasil afora. Gente que só pensa em “se dar bem”, custe o que custar. Gente preguiçosa, que não gosta de trabalhar, de se instruir, mas que quer moleza com muita malandragem. Gente disposta a tudo para ter riqueza e poder. Gente manipuladora e mentirosa, capaz de inventar as maiores baixarias contra o adversário político para se perpetuar no poder.

O grande problema não é existir alguém como Lula. Isso, infelizmente, é inevitável. O maior problema é alguém como ele ter chegado ao Planalto, tido dois mandatos seguidos, e ainda colocado seu “poste” lá depois. O maior problema é alguém com esse perfil de “moleque de rua” ser visto como um herói por muitos ignorantes, e ser bajulado por muitos da elite também.

Isso diz muito sobre nossos valores coletivos, sobre a moral – ou falta dela – disseminada em nosso país. Praticamente metade do povo adora um Macunaíma, um “herói sem caráter”. Os artistas e “intelectuais”, como Marilena Chaui e Chico Buarque, sempre lutaram para colocar um crápula no panteão dos deuses. Enaltecem o que há de pior, pois não suportam as virtudes dos virtuosos.

Mas, para desespero dessa gente, eles existem. E em quantidade cada vez maior. Gente honesta e trabalhadora da classe média, acusada de “fascista” por Marilena Chaui, que não aguenta mais ver tanta mentira, tanta podridão, tanta baixaria. Gente que vai, no domingo que vem, dar um basta a essa porcaria toda espalhada pelo PT de Lula e Dilma.

Rodrigo Constantino

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