Em sua coluna de hoje, o jornalista Ricardo Nobat definiu Lula
como um “moleque de rua”. Na verdade, um sujeito com duas caras,
dependendo da conveniência. Mas a cara mais verdadeira é mesmo a do
moleque. Diz Noblat:
Qual Lula é o verdadeiro? O
bem educado que aparece no programa de propaganda eleitoral de Dilma na
televisão, defende os 12 anos de governos do PT e, ao cabo, sorridente,
pede votos para reeleger sua sucessora?
Ou o
moleque de rua que pontifica em comícios país a fora, sugerindo, sem ter
coragem de afirmar diretamente, que Aécio é capaz, sim, de dirigir
embriagado, agredir mulheres e se drogar?
O
segundo é o mais próximo do verdadeiro Lula. Digo por que o conheço
desde quando era líder sindical. Lula é uma metamorfose ambulante. Não
foi ninguém quem o disse, foi ele quem se rotulou assim.
A
esquerda tudo perdoaria a Lula desde que chegasse ao poder. Chegou,
cavalgando-o. Uma vez lá, se corrompeu. Quanto a ele… Não sabia de nada.
Nunca soube.
Justiça
seja feita a Lula: por desconhecimento de causa e preguiça, ele jamais
compartilhou as ideias da esquerda. Assim como ela se aproveitou dele,
Lula se aproveitou dela. Um casamento não por amor, mas por interesse.
E Lula é uma pessoa movida apenas por
interesses, jamais por princípios e valores. Mente de forma compulsiva,
por hábito, por prazer, por falta de escrúpulos. E como Noblat diz, não
vamos colocar a culpa em sua infância pobre, pois não há essa ligação
direta. Muita gente que veio da pobreza tem caráter, aquilo que falta ao
ex-presidente.
Noblat aponta, ainda, o cinismo de alguém
que chora no velório de D. Ruth Cardoso enquanto sua ministra Dilma
preparava um dossiê contra ela para atingir o adversário tucano. Ou de
alguém que diz não tolerar a agressividade, enquanto já xingou
presidentes antecessores de tudo que é coisa.
Como Lula, existem vários Brasil
afora. Gente que só pensa em “se dar bem”, custe o que custar. Gente
preguiçosa, que não gosta de trabalhar, de se instruir, mas que quer
moleza com muita malandragem. Gente disposta a tudo para ter riqueza e
poder. Gente manipuladora e mentirosa, capaz de inventar as maiores
baixarias contra o adversário político para se perpetuar no poder.
O grande problema não é existir alguém
como Lula. Isso, infelizmente, é inevitável. O maior problema é alguém
como ele ter chegado ao Planalto, tido dois mandatos seguidos, e ainda
colocado seu “poste” lá depois. O maior problema é alguém com esse
perfil de “moleque de rua” ser visto como um herói por muitos
ignorantes, e ser bajulado por muitos da elite também.
Isso diz muito sobre nossos valores
coletivos, sobre a moral – ou falta dela – disseminada em nosso país.
Praticamente metade do povo adora um Macunaíma, um “herói sem caráter”.
Os artistas e “intelectuais”, como Marilena Chaui e Chico Buarque,
sempre lutaram para colocar um crápula no panteão dos deuses. Enaltecem
o que há de pior, pois não suportam as virtudes dos virtuosos.
Mas, para desespero dessa gente, eles
existem. E em quantidade cada vez maior. Gente honesta e trabalhadora da
classe média, acusada de “fascista” por Marilena Chaui, que não aguenta
mais ver tanta mentira, tanta podridão, tanta baixaria. Gente que vai,
no domingo que vem, dar um basta a essa porcaria toda espalhada pelo PT
de Lula e Dilma.
Rodrigo Constantino
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