segunda-feira, 20 de outubro de 2014

No RJ, Dilma faz terrorismo contra Aécio: 'Digam não à perda de direitos'

Eleições 2014

Presidente tem agendas com os dois candidatos a governador do Estado. Para evitar crescimento do tucano, ela investe no RJ na última semana de campanha

Daniel Haidar e Pollyane Lima e Silva, do Rio de Janeiro
A presidente da República e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), durante campanha em Nova Iguaçu, no Rio
A presidente da República e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), durante campanha em Nova Iguaçu, no Rio

 
No dia seguinte ao ato político de Aécio Neves (PSDB) em Copacabana, a presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) fez nesta segunda-feira uma carreata em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, ao lado do senador Marcelo Crivella (PRB), candidato ao governo do Rio de Janeiro. E seguiu para agenda com o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), adversário de Crivella no segundo turno, em Padre Miguel, Zona Oeste do Rio. Enquanto desfilava em um jipe, a petista aproveitou para proferir o discurso do terror contra o tucano. “Votem em nós que temos uma concepção que coloca as pessoas no centro de tudo. Não somos aqueles que só pensam nos banqueiros e nos ricos”, afirmou. Antes, pediu que se diga não "ao retrocesso, à perda de direito"

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A campanha petista busca evitar que Aécio cresça no terceiro maior colégio eleitoral do país – pesquisa Datafolha divulgada na semana passada aponta empate técnico entre os candidatos, com Dilma numericamente à frente: 51% a 49% dos votos válidos. A presidente vai, portanto, priorizar o Estado na última semana da campanha. Dilma deve voltar ao RJ na quarta-feira para um comício e na sexta-feira, antes do debate da TV Globo
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Em Nova Iguaçu, Dilma circulou pouco mais de um quilômetro com Crivella. No veículo, a dupla posava para fotos e cumprimentava eleitores. Também estavam no carro Anthony Garotinho (PR) e Lindbergh Farias (PT), derrotados em primeiro turno na disputa pelo Palácio Guanabara, e que hoje apoiam o senador.

A presidente fez um breve discurso na chegada ao local, em que voltou a associar uma eventual vitória de Aécio ao desemprego e ao arrocho salarial. A petista insinuou que a vitória do tucano colocaria em risco a renda dos trabalhadores. “A eleição do dia 26 vai colocar de um lado aqueles que defendem empregos e salários e, do outro lado, aqueles que quebraram o Brasil três vezes”, discursou Dilma.

Quando os relógios acertados com o horário de verão bateram meio-dia, Dilma chegou para seu compromisso com Luiz Fernando Pezão, em Padre Miguel. A distância de cerca de vinte quilômetros, partindo de Nova Iguaçu, foi percorrida de helicóptero. À dupla juntou-se o prefeito Eduardo Paes, único a usar o microfone após os quarenta minutos de carreata: "Quero saudar a presidente Dilma e pedir que, nessa semana, levemos o Pezão e ela à vitória". O grupo passou todo o percurso acenando para eleitores que apareciam nas portas e janelas de casa e cumprimentando os que conseguiam se aproximar do carro. Dilma se abaixou para atender aos pedidos de selfie e ensinou Pezão a fazer seu gesto mais repetido: o coração com as mãos.

Dilma venceu no Estado no primeiro turno com 36% dos votos. Marina Silva (PSB) ficou com 31% e Aécio, 27%. O empate técnico, portanto, preocupa a campanha petista, sobretudo porque a votação de Dilma em primeiro turno foi o pior resultado de um candidato do PT à Presidência da República no RJ desde 1998. Aécio fez carreata no domingo na Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio, em que arregimentou 5.000 pessoas, de acordo com a Polícia Militar, e estará na capital fluminense novamente na quinta-feira e na sexta-feira.

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