Manifesto em apoio ao tucano tem assinaturas coletadas com intelectuais e ativistas de esquerda que afirmam não se sentirem representados pelo PT
O candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, recebe apoio de ex-petistas
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Os signatários da lista se dizem decepcionados com o PT, sobretudo após a campanha eleitoral deste ano, em que o partido dizimou a candidatura de Marina Silva à presidência. "A campanha petista no primeiro turno valeu-se de táticas e subterfúgios que desonram o bom debate. Caluniou, difamou e agrediu moralmente a candidatura de Marina Silva, sob o pretexto de que seria preciso fazer um 'aguerrido' confronto político. Atropelou regras procedimentais e parâmetros éticos preciosos para a esquerda e a democracia", afirmam os autores.
Segundo o texto, o tucano Aécio Neves poderá dar seguimento às políticas sociais dos últimos anos, além de ampliar os programas já existentes. "O capitalismo brasileiro se consolidou sob os governos do PSDB e do PT, tendo sido modelado pelas mesmas elites econômicas e pela predominância do capital financeiro. Agora, temos de avançar para um novo patamar de modernização e superar o padrão de liberalismo que presidiu àquela consolidação. Não dá para aceitar que os setores mais pobres da população sejam abandonados à própria sorte ou transformados em consumidores, em vez de cidadãos", dizem os autores.
Entre os que assinaram a lista estão o ator Marcos Palmeira, o economista José Eli da Veiga, da USP, o ex-presidente do IBGE, Sergio Besserman Vianna, e o cientista político Luiz Eduardo Soares, que foi secretário de Segurança Pública no governo Lula.
Manifesto petista — No seio do PT, também houve um manifesto. A militância conseguiu, com grande esforço, coletar uma lista de onze nomes encabeçada por Maria da Conceição Tavares, que adotou com desfaçatez o slogan da campanha petista "O Brasil não pode parar" para veicular um texto de apoio à candidatura de Dilma Rousseff. O documento, que mais parece uma peça publicitária escrita pelo marqueteiro João Santana, tamanho alinhamento retórico com o texto discursado por Dilma em sua campanha, afirma que as conquistas econômicas são mérito do atual governo e que a "crise" não pode servir de argumento "para um retorno às políticas econômicas do passado". Outros dois nomes que endossam o texto são Luiz Gonzaga Belluzzo e Nelson Barbosa. O primeiro é conselheiro econômico de Dilma. O segundo foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e tem operado junto ao PT para ser indicado ao cargo de Ministro , caso Dilma se reeleja.
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