01 de novembro de 2014 • 16h53
O volume equivalente dos reservatórios da bacia do Rio Paraíba do Sul já chegou a 9%
Foto: Eco Desenvolvimento
O volume equivalente dos reservatórios da bacia do Rio
Paraíba do Sul chegou a 9%. Caso não se confirme o período chuvoso, que
começa na segunda quinzena de novembro, a situação pode se complicar e o
percentual cair para 4% no início de dezembro, conforme informou hoje
(1º) o diretor-executivo do Comitê Guandu, Julio Cesar Antunes.
“A gente está fazendo simulações com os piores cenários.
Entre agosto e setembro, nos baseamos em 1955, que foi a pior estiagem
para o período. Para outubro, o ano mais crítico foi o de 1968.
Confirmados esses cenários, chegaremos a esta projeção de 4% de
reservatório equivalente no início de dezembro”, revelou Antunes à
Agência Brasil.
O diretor informou que o nível dos reservatórios da
bacia do Rio Paraíba do Sul é monitorado semanalmente em reuniões do
Grupo de Acompanhamento de Operações Hidráulicas, composto por
integrantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Agência
Nacional de Águas (ANA) e da Agência da Bacia do Rio Paraíba do Sul
(Agevap).
O diretor do Comitê Guandu participa dos encontros, quando são
analisados os níveis dos reservatórios que pertencem ao Rio Paraíba do
Sul (Jaguari, Paraibuna, Santa Branca, Funil e Santa Cecília). Ele
explicou que, desses reservatórios, apenas Funil fica no Rio de Janeiro.
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Apesar
disso, há uma vinculação hídrica entre as bacias do Guandu e do Paraíba
do Sul, causada pela transposição de até 160 metros cúbicos para
geração de energia e abastecimento da população da região metropolitana
do Rio. “A gente está saindo do período seco para o úmido, que é para
quando se espera a chuva. Analisando as condições meteorológicas, as
previsões são de precipitação na região para melhorar a gestão dos
reservatórios”, explicou Julio César.
Segundo ele, diante da possibilidade da falta de água no
estado, o período impõe atualização frequente das informações. “Vivemos
um momento de alerta, de novas providências para adaptação à realidade
da estiagem", destacou.
O diretor acrescentou que, mantido o longo período de
estiagem, em 2015 os reservatórios terão de recuperar o volume
equivalente para o nível de 52%. Para Antunes, é difícil apostar na
normalização da situação.
“Depende do que pode ocorrer em termos de
precipitação. De qualquer forma, melhoraremos a gestão se tivermos um
período chuvoso agora”, completou. Acrescentou que, até o momento, não
houve necessidade de utilização do volume morto dos reservatórios para
garantir o abastecimento do estado do Rio de Janeiro.
Agência Brasil
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