terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Leniencia seletiva:Justiça do DF autoriza trabalho externo ao ex-senador Luiz Estevão: Ou: Como 30 anos viraram apenas tres.

Seg, 15/12/2014 às 20:33

Beatriz Bulla

A Justiça do Distrito Federal autorizou o trabalho externo ao ex-senador Luiz Estevão, preso desde setembro.

Estevão foi condenado por falsificação de documentos no caso do desvio de dinheiro das obras do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em São Paulo. Preso no final de setembro, o ex-senador começou a cumprir a pena de 3 anos e meio de reclusão em Tremembé, em São Paulo.


Posteriormente, foi transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP), em Brasília.

A juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do DF, considerou que o trabalho externo é uma possibilidade "de se avaliar a disciplina, autodeterminação e responsabilidade do reeducando antes de uma possível transferência para um regime de pena mais avançado".

Segundo a defesa de Estevão, o ex-senador vai trabalhar em função de auxiliar em uma imobiliária.
Os dias de trabalho e estudo são computados para descontar o tempo de cumprimento de pena no semiaberto e possibilitam o preso a passar mais rápido para o regime aberto.

 

Luiz Estevão depositou US$ 1 milhão na conta de Lalau

Fausto Macedo

  • Marcelo Alves | Futura Press
    Nicolau dos Santos Neto, em foto de 2001
Cerca de US$ 1 milhão do valor global de US$ 4,8 milhões que a Suíça confiscou do ex-juiz Nicolau dos Santos Neto e repatriou nesta semana para o Brasil foi depositado na conta secreta do ex-presidente do Tribunal Regional do Trabalho paulista em Genebra pelo ex-senador Luiz Estevão.

Três transferências, ao todo, foram realizadas em abril de 1994, segundo documentos que a Procuradoria da República juntou aos autos da ação penal que resultou na condenação de Nicolau e Estevão pelo desvio de recursos das obras do Fórum Trabalhista de São Paulo.

O dinheiro migrou para a conta Nissan, que Nicolau mantinha na Suíça, dois anos depois da licitação que beneficiou uma empreiteira que teria Estevão como sócio oculto. Eleito pelo Distrito Federal em 1998, Estevão se tornou o primeiro senador cassado da história, em 2000, no âmbito da CPI do Judiciário, no Senado. "Comprovadamente US$ 1 milhão foi enviado para a conta Nissan pelo ex-senador e isso precisa ser lembrado", diz a procuradora regional da República em São Paulo Maria Luísa Carvalho, que investigou o caso.

Quando a fraude foi descoberta peritos do Ministério Público Federal calcularam em R$ 169 milhões o tamanho do rombo. "Isso era em valores de 1999, estamos falando em um desvio atualizado de R$ 1,2 bilhão, ", destaca a procuradora.

Nicolau e Estevão foram condenados, respectivamente, a 28 anos e 30 anos de prisão, por quadrilha, corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e uso de documento falso. O ex-juiz cumpre pena na Penitenciária de Tremembé (SP). Estevão recorre em liberdade.

O ex-senador rechaça a acusação e diz que vai provar que é inocente. Em 2012 fechou acordo com a União para pagar R$ 468 milhões em parcelas mensais de R$ 4,3 milhões.

Na última terça feira, o Ministério da Justiça e a Advocacia-Geral da União anunciaram a recuperação dos US$ 4,8 milhões de Nicolau. "O que precisa ser destacado é que US$ 1 milhão foi enviado pelo ex-senador, mas ele continua em liberdade enquanto o ex-juiz está preso. Nicolau é bode expiatório do ex-senador", afirma Maria Luísa. A procuradora alerta para o "risco de prescrição" de crimes atribuídos ao ex-senador, parte deles em maio de 2014.

Comentario

Mauro dias, 11/07/2013 às 21:57
esses são os exemplos que temos em nosso país , alguem sabe de um partido que ñ tenha um ou mais do seus envolvidos em crime ?em desvio , obra subfaturados,desvio de dinheiro no exterior?em ilh fiscais e pior quais deles devolveram ao cofre publico o roubo , ai só com nosso impost se cobre o rombo

Geraldo Cury, 11/07/2013 às 21:15
Triste nossos procuradores não serem competentes o bastante para por um basta neste tipo de gente. Nossos impostos ainda pagam o salários destes pseudo-profissionais tão facilmente manipulados por estirpes como Estevão.

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