Chuvas em excesso no Sul e seca no Norte e Nordeste estão previstas.
Dados da Organização Meteorológica Mundial foram divulgados na COP 20.
Sol
forte no Ceará, um dos estados do Nordeste que devem ser afetados pela
seca, provocada pelo fenômeno El Niño (Foto: Miguel Portela/Agência
Diário)
Batizado em homenagem ao Menino Jesus (em espanhol, "El Niño"), o fenômeno aquece a água do Oceano Pacífico e provoca alterações na atmosfera, como variações na distribuição de chuvas em regiões tropicais e de latitudes médias e altas, além de inconstância nas temperaturas.
De acordo com o texto, ao longo deste ano os meteorologistas detectaram anomalias que tinham características do El Niño em várias regiões do planeta, mas o fenômeno em si não tinha se formado.
Medições feitas nos últimos dois meses no Pacífico indicaram uma elevação da temperatura entre 0,5ºC e 1ºC acima do normal, o que indica que um El Niño de nível fraco deverá existir. “Ele está se surgindo e não é uma boa notícia para o Nordeste, Norte e nem para o Sul do país”, afirmou ao G1 Maxx Dilley, diretor de previsões climáticas da OMM.
Anna Barbara Coutinho de Melo, meteorologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, explica. “O principal efeito é o excesso de chuva na Região Sul do país e parte da Argentina, e seca no Norte e Nordeste. No Rio Grande do Sul há grande chance de chuvas acima da média. A estiagem deve afetar Maranhão, Piauí, Ceará, Amazonas, Roraima e o restante do Norte. Não há como saber o volume da precipitação, nem quanto a temperatura deverá aumentar”, explica.
No entanto, Anna afirma que a chance de os termômetros baterem recordes como ocorreu no verão deste ano são remotas, já que isso aconteceu devido a um bloqueio atmosférico sobre o Brasil, que impediu a chegada de massas de ar frio ao país.
Painel sobre El Niño aconteceu nesta quinta-feira (4) na COP 20, em Lima, no Peru (Foto: Eduardo Carvalho/G1)
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