segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Arrecadação pode ter primeira queda real desde 2009

Impostos

 

VEJA


Receita Federal admite, pela primeira vez, que arrecadação de impostos e contribuições em 2014 pode ser menor que a do ano passado

Arrecadação no acumulado do ano tem queda de 0,99%, e soma R$ 1,073 trilhão
Arrecadação no acumulado do ano tem queda de 0,99%, e soma R$ 1,073 trilhão (Marcelo Sayão/EFE/VEJA) 

 
A Receita Federal já admite que pode fechar 2014 com queda na arrecadação. "A evolução da arrecadação em 2014 deve ficar em zero (empatada com 2013) ou um pouco abaixo do registrado no ano passado", reconheceu o chefe do departamento de estudos tributários e aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias. Se confirmada a previsão, será a primeira queda real (descontada a inflação) desde 2009.


Em novembro, a arrecadação recuou 12,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 104,47 bilhões de reais. Com isso, pela primeira vez em 2014 o acumulado do ano está abaixo dos valores de 2013: de janeiro a novembro, a retração é de 0,99% ante o mesmo período do ano passado, a 1,073 trilhão de reais.



O mau resultado é reflexo da paralisia econômica e do volume menor de pagamentos à União por meio do Refis, programa de parcelamento de dívidas com a União. De acordo com Malaquias, a arrecadação com o Refis deve ficar em torno de 18,5 bilhões de reais no ano.


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2015 - Claudemir Malaquias disse também que não há uma projeção sobre o comportamento da arrecadação em 2015. Segundo ele, a equipe econômica de transição está recebendo informações da Receita, não só da arrecadação, mas de todos os nossos números do Fisco – o órgão é subordinado à Fazenda, que será assumida por Joaquim Levy, no lugar de Guido Mantega. "A decisão final será tomada de acordo com as autoridades que vão assumir a equipe econômica."


(Com Estadão Conteúdo)

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