22/12/2014 08h28
- Atualizado em
22/12/2014 09h05
Expectativa dos economistas para IPCA do ano que vem subiu para 6,54%.
Analistas também baixaram previsão de crescimento deste ano e de 2015.
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Pela primeira vez, os economistas do mercado financeiro passaram a
prever inflação acima do teto da meta de 6,5% no ano de 2015, segundo
pesquisa conduzida pelo Banco Central na semana passada com mais de 100
instituições financeiras. O levantamento, que dá origem ao relatório de
mercado, também conhecido com Focus, foi divulgado nesta segunda-feira
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Para este ano, a expectativa dos economistas para a inflação ficou estável em 6,38%. Para 2015, no entanto, a estimativa subiu de 6,50% para 6,54%. A meta de inflação é de 4,5%, com tolerância de dois pontos para mais ou para menos. Dessa forma, o teto é de 6,5%.
Em 12 meses até novembro, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA, considerada a inflação oficial do país, ficou em 6,56% – valor que ainda está acima do teto de 6,5%. A meta, porém, vale somente para anos fechados.
Produto Interno Bruto
Para o Produto Interno Bruto (PIB), os economistas baixaram a estimativa de uma alta deste ano de 0,16% para 0,13%. Foi a quinta queda seguida do indicador. Se confirmada, será a menor expansão desde 2009, quando o PIB teve retração de 0,33%. Para 2015, a estimativa de expansão da economia recuou de 0,69% para 0,55%, na quarta redução consecutiva.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o crescimento da economia.
No fim de outubro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira saiu por pouco da recessão técnica no terceiro trimestre de 2014 – quando o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,1% na comparação com o trimestre anterior. De janeiro a setembro, a economia teve expansão de 0,2% frente ao mesmo período do ano passado. Já no acumulado em quatro trimestres até setembro, a alta foi de 0,7%.
Taxa de juros
Para a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, que avançou para 11,75% ao ano neste mês, a expectativa do mercado para o fechamento de 2015 permaneceu estável em 12,50% ao ano. Isso quer dizer que os analistas dos bancos esperam alta nos juros no próximo ano.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, o BC tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. Em 2014, 2015 e 2016, a meta central é de 4,5% e o teto é de 6,5%.
Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2014 subiu de R$ 2,60 para R$ 2,65 por dólar. Para o término de 2015, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio avançou de R$ 2,72 para R$ 2,75 por dólar.
A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2014 passou de um déficit de US$ 1,6 bilhão para um resultado negativo de US$ 1,86 bilhão. Para 2015, a previsão de superávit comercial ficou recuou de US$ 5 bilhões para US$ 4,83 bilhões.
Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil permaneceu em US$ 60 bilhões. Para 2015, a estimativa dos analistas para o aporte avançou de US$ 58,2 bilhões para US$ 60 bilhões.
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