Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Luiz Inácio Lula da Silva tem a certeza de que um de que
pelo menos um dos processos da Operação Lava Jato vai atingi-lo, direta ou
indiretamente. Basta que o alvo da Polícia Federal, da Receita Federal, do
Ministério Público Federal, e do juiz Sérgio Fernando Moro, da 13a Vara Federal
em Curitiba, seja o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores. João Vaccari Neto
e suas relações com a empreiteira OAS, parecem ser as bolas da vez. A bomba
pode estourar esta semana ou ficar para depois do recesso do Judiciário, em
janeiro, ou após a retomada dos trabalhos legislativos, em fevereiro.
Será de altíssima tensão, como uma festança de velório de
cadáver politicamente insepulto, a posse de Dilma Rousseff e seu vice Michel
Temer, em 1o de janeiro de 2015. Petistas já dão como certo que algum processo
da Operação Lava Jato, a partir das revelações de várias "colaborações
premiadas", vai denunciar o desvio de recursos de esquemas de corrupção
para o financiamento das milionárias campanhas do PT. O caso pode ficar pior se
o Ministério Público Federal reunir provas para confirmar a suspeita de que
doações eleitorais serviram para lavar dinheiro sujo.
Se não sofrer impeachment, Dilma será forçada a trabalhar,
politicamente, com a corda bem apertada no pescoço. Além do altíssimo risco de
indiciamento na Lava Jato, Vaccari corre risco de condenação por ter sido
presidente da Bancoop (a Cooperativa de Crédito dos Bancários), alvo de
processo na 5a Vara Criminal de São Paulo. O promotor José Carlos Blat, que
denunciou Vaccari e dirigentes da Bancoop por um prejuízo de mais de R$ 100
milhões a 8 mil associados, com indícios de grana desviada para o PT, avalia
que o caso será julgado em agosto de 2015. A cooperativa quebrou, deixando uma
dívida de R$ 86 milhões (em valores atuais).
Os escândalos podem se misturar. Marcos Sérgio Miglliaccio,
presidente da Associação de Vítimas da Bancoop, entregou, semana passada, ao
Ministério Público Federal, um dossiê relacionando o problema com a Lava Jato. Um
dos elos entre os dois casos seria a atuação da empreiteira baiana OAS, citada
nas delações premiadas de Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef & Cia, e
tocadora de obras inconclusas da cooperativa.
No caso da cooperativa, a construtora é a tocadora de
muitas obras não entregues. Cerca de 3.100 cooperativados reclamam,
judicialmente, de obras que não ficaram prontas ou que não receberam posso
definitiva ou escrituras dos imóveis. Dos 57 empreendimentos tocados desde o
ano 2000, 14 ainda estão inacabados. Por isso, João Vaccari Neto, ex-presidente
da cooperativa, responde pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha,
lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. O MP denunciou que a cooperativa
desviou dinheiro para o PT. O promotor José Carlos Blat define que "a Bancoop
era um verdadeiro balcão de negócios a seerviço de uma organização criminosa.
Uma arapuca que deixou mais de 3.100 vítimas".
No entanto, uma obra da Bancoop que ficou pronta ganhou
destaque ontem em O Globo. O luxuoso edifício Solaris, na praia das Astúrias,
no Guarujá. Lá tem um triplex, adquirido ainda na planta, em 2006, pela
bagatela de R$ 47.695,38 por Luiz Inácio Lula da Silva e sua esposa Marisa
Letícia. Em 2010, cada morador desembolsou mais R$ 120 mil para a OAS terminar
a obra. Hoje, apê de Lula, reformado pelo filho Lulinha, com 297 metros
quadrados, á beira mar, com elevador privativo a partir do 16o até o 18o, vale
em torno de R$ 1,5 milhão até R$ 1,8 milhão.
Uma outra operação da Bancoop também chamou a atenção do
MP. O braço direito de Lula, Freud Godoy, recebeu da cooperativa pagamentos de R$
1,5 milhão, entre os anos de 2005 e 2007. Freud teve sua empresa contratada por
Vaccari para prestar serviços de segurança aos empreendimentos (a maioria então
inacabados) da cooperativa. Freud tem excelência no assunto, pois prestou os
mesmos serviços na sede nacional do PT, em Brasília. Freud tem importância na
história petista pois era um dos amigos do prefeito assassinado de Santo André,
Celso Daniel.
Contra o Poder Morfético
O Supremo Tribunal Federal, que tem de se comportar como o
guardião máximo de nossa Constituição, acaba de confirmar que vivemos,
tecnicamente, em uma ditadura. "STF mantém processos ocultos - Ao menos 8
investigações contra autoridades sequer aparecem no sistema do Supremo".
Esta foi a manchete da página 3 da edição dominical de O Globo, com o irônico
subtítulo "Ultrassecreto". A chocante reportagem de Carolina Brígido
constata que nossa corte suprema age com inaceitável obscuridade, afrontando a
ordem constitucional que seus 11 membros têm como missão obrigatória
resguardar.
Leia, abaixo, nosso artigo: Contra os Segredos Ditatoriais no STF
Tese inválida
Releia, também, o artigo de domingo: Corruptos, uni-vos na cadeia!
Núcleo contra a corrupção
Os procuradores regionais Maurício da Rocha Ribeiro,
Mônica Campos de Ré, Luiz Fernando Lessa e Neide Cardoso vão formar o Núcleo de
Combate à Corrupção na Procuradoria Regional da República da 2ª Região (PRR2),
que abrange os Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo.
A procuradoria que atua na jurisdição do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região será a primeira a instituir o NCC, que começa a funcionar
a partir de terça-feira.
Os casos de corrupção passiva envolvendo prefeitos,
secretários estaduais, vereadores e deputados estaduais, que usufruem de foro
por prerrogativa de função, vão ficar sob responsabilidade do NCC.
O Núcleo vai assumir as investigações, em segunda
instância, de improbidades administrativas, crimes de funcionários públicos
contra a administração (peculato, concussão etc.), particulares contra a
administração em geral (corrupção ativa etc.) e a administração pública
estrangeira (corrupção ativa e tráfico de influência em transação comercial
internacional), crimes de responsabilidade de prefeitos e vereadores e os
previstos nos art. 89 a 98 da Lei das Licitações (nº 8.666/93).
Farra do Natal
Comissão da Meia Verdade
A Presidenta Dilma Rousseff receberá, na próxima
quarta-feira, o documento final preparado pelos seis integrantes da Comissão Nacional
da Verdade que deve sugerir indiciamentos de agentes do Estado, civis e
militares, acusados de abuso de poder e tortura nos tempos do regime
civil-militar de 1964 a 1985.
O evento acontece no Palácio do Planalto, celebrando o Dia
Mundial dos Direitos Humanos.
A Secretaria Nacional de Direitos Humanos já até botou no
ar um portal com informações sobre o tema: www.memoriasdaditadura.org.br -
endereço que deve deixar muito militar na ativa e na reserva muito pt da
vida...
Tricô ou Crochê
O amigo e jornalista Marcelo Leite publica esta foto em
seu Facebook, pedindo que especialistas no assunto lhe socorram sobre a dúvida
cruel: É tricô ou Crochê?
Copio e colo do oráculo Google que: basicamente, a
diferença é que crochê é feito apenas com uma agulha (que pode variar de
tamanho, desde a menorzinha até uma gigante), enquanto tricô é feito com dois
palitos. Além disso, a agulha usada no crochê é encurvada na ponta no formato
de um gancho, enquanto o tricô é feito com dois palitos, sem curva alguma, que
vão alternando-se na "costura".
Portanto, na minha conclusão de quem não sabe nem enfiar
direito a linha na agulha, acho que o negócio aí é para tricô.
Pensando bem, dois palitos bem retos resolvem melhor a
questão a ser costurada pelo dileto amigo Marcelo Leite.
Sem sentido
Sem sentido
Cachorradas
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