Ele, o PT e o Planalto não respondem à revelação de que o
dinheiro roubado da Petrobras financiou seu projeto de poder
Publicado: 23 de janeiro de 2015 às 8:2
O ex-presidente é quem concebeu no PT o tal “projeto de
poder” que, segundo o empreiteiro, era financiado pelo dinheiro roubado,
O Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e o PT informaram, por meio de suas assessorias de imprensa, que não
comentariam a denúncia de que a corrupção na Petrobrás pagava apoio ao governo
no Congresso, feita por meio de documento entregue pela defesa do empresário
Gérson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix.
Lula, que desde o início do Operação Lava Jato não se
pronuncia publicamente sobre as investigações, criticou em dezembro, em um
evento partidário, os vazamentos e os ataques ao PT. Segundo ele, a reclamação
não era contra as investigações, mas em relação à interpretação das denúncias.
A presidente Dilma Rousseff, em entrevista ao jornal O
Estado de S. Paulo, no início de setembro do ano passado, afirmou que, se houve
desvios na Petrobrás, “a sangria foi estancada” em seu governo. No ano passado,
diante das denúncias da Operação Lava Jato, a Secretaria de Finanças do PT
emitiu nota para rebater declaração do executivo Augusto Ribeiro, da Toyo
Setal, de que o pagamento de propina foi feito, entre outras formas, por meio
de doações oficiais à legenda.
“Reiteramos que o PT somente recebe doações em conformidade
com a legislação eleitoral vigente”, citava a nota. “No caso específico, o
próprio depoente reconhece em seu depoimento que foi orientado pela secretaria
de Finanças do PT a efetuar as doações na conta bancária do partido. Os recibos
foram declarados na prestação de contas apresentada ao TSE. Ou seja, todo o
processo ocorreu dentro da legalidade.”
Líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP) disse na
quinta-feira, 22, que é preciso separar a corrupção na Petrobrás da prática
legal de doações de campanha. As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.
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