Invasão de moradores de rua dentro do HRT
Em meio à crise na Saúde, sem-teto ocupam ponto de táxi da área hospitalar. Pacientes reclamamluis.nova@jornaldebrasilia.com.br
Os pacientes do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) enfrentam uma série de transtornos a cada dia. Se já não bastasse a crise na saúde e as condições precárias de atendimento, eles também reclamam da presença de moradores de rua dentro da área hospitalar. A reportagem do Jornal de Brasília esteve ali e se deparou com a ala de emergência da unidade, onde fica um ponto de táxi, sendo usada como moradia.
Em meio ao clima de vulnerabilidade, José Vilberto, 50 anos, relata que leva e busca a esposa, que trabalha no HRT, todos os dias. “A saúde está precária e, como se não fosse suficiente, está cheio de moradores de rua aqui. Eles usam droga e, muitas vezes, abordam as pessoas”, conta.
Um dos moradores de rua, que se identificou como Demis, cantou um trecho de uma música da banda Legião Urbana, quando questionado sobre a presença no espaço: “Eu moro na rua, não tenho ninguém. Eu moro em qualquer lugar”.
“Vivo e peço aqui. O chão é meu e é seu, fico onde quero”, afirmou.
Outra habitante do espaço, que se identificou como Dayana, alega que foi abandonada pelo Estado. “Falta ajuda do governo. As pessoas dali (ponto de táxi) não têm moradia e não têm condições”, afirma.
Insegurança
Os comerciantes dos quiosques nos arredores do hospital criticam a presença dos moradores de rua e ressaltam que a clientela diminui cada vez mais. “Eu me sinto constrangida. Os clientes reclamam. Aqui sempre foi assim. Tem briga quase todos os dias e todos ficam preocupados. Eles pedem comida, se a gente não der, eles ficam bravos”, desabafa a comerciante, que preferiu não se identificar.
Uma enfermeira do HRT, que também não quis revelar a identidades, garante que a presença dos pedintes já faz parte da rotina de funcionários e pacientes do hospital. Segundo ela, a sensação é de medo. “Nos sentimos ameaçados. Ainda mais sem os vigilantes. Saímos do trabalho sem crachá e jaleco. Eles nos xingam todos os dias. Tentamos sair como pacientes para não acontecer nada”, desabafa.
Atendimento segue precário na unidade
Além dos problemas relacionados à segurança, os pacientes também
reclamam da falta de atendimento. “Ontem, tive que ir à sala da médica
para que ela atendesse a minha cunhada, que está doente. Os animais têm
mais direitos do que as pessoas”, critica a comerciante Edilamar de
Souza, 43 anos.
A Secretaria de Saúde assumiu o problema da presença dos moradores
de rua no estacionamento do hospital. “A direção do Hospital Regional de
Taguatinga (HRT) informa que a questão é um problema social antigo.
Eles estão abrigados atrás do ponto de táxi, que fica dentro do
estacionamento público do HRT”, afirma.
A pasta informou que fará um relatório e o passará para a
secretaria competente. “Foi encaminhado um documento para a Secretaria
de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs), solicitando orientações
quanto à política de atenção à população de rua e auxílio para realizar
as ações necessárias para a solução do problema”, garante.
A secretaria destaca que não existe possibilidade de resolver o
problema de maneira emergencial. “Por se tratar de área pública, não tem
como a Polícia Militar, nem mesmo os servidores da Saúde, retirarem
esses moradores”, aponta.
A Sedhs, por sua vez, garantiu que “a pasta não realiza retirada
compulsória de pessoas em situação de rua dos espaços públicos. Durante
as abordagens e atendimento são ofertados acolhimento e outros
serviços”, esclareceu o órgão. “O fenômeno população de rua vincula-se à
estrutura da sociedade capitalista(!!!) e possui uma multiplicidade de
fatores”, completa a pasta.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
Comentário
Oxe
Sou
humanista, mas com tanta vaga de emprego aberta por aí, esses mendigos
profissionais são parasitas. Dormem o dia todo, fazem da rua banheiro,
usam crianças, se drogam e molestam pedestres e motoristas. O jeito com
esses desocupados é dar um passafora bem dado e tirar as crianças deles.
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