sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
( Extraído do Valor Econômico) O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu
para 0,89% em janeiro, depois de registrar 0,79% em dezembro. No
acumulado dos últimos 12 meses, o índice foi para 6,69%, acima do teto da meta de
inflação, que é de 6,5%.
Segundo os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o item carnes liderou os
principais impactos individuais do mês, com 0,09 ponto percentual e alta
de 3,24%. Além deste, outros itens que exerceram pressão, como
batata-inglesa (32,86%) e feijão carioca (24,25%), levaram o grupo
Alimentação e Bebidas, com alta de 1,45%, a ser responsável por 40% do
IPCA-15 de janeiro, com impacto de 0,36 ponto percentual.
A energia elétrica teve o segundo maior impacto do mês com 0,08 ponto
percentual e alta de 2,60%. À exceção da região metropolitana de
Fortaleza (-4,82%) e de Salvador (-1,91%), cujas contas tiveram queda na
parcela referente ao PIS/Cofins, as demais apresentaram alta, com
destaque para Porto Alegre, que chegou a 11,80% tendo em vista o
reajuste de 22,41% em uma das concessionárias desde 8 de dezembro.
Neste mês de janeiro, em todas as regiões, foi apropriada parte do
efeito do Sistema de Bandeiras Tarifárias, modelo de cobrança do gasto
com usinas térmicas, que passou a vigorar a partir de 1º de janeiro.
Além da energia, os gastos com Habitação, que subiram 1,23%, foram
influenciados pelos seguintes itens: aluguel residencial (1,26%);
mão-de-obra para pequenos reparos (0,95%); condomínio (0,81%); e taxa de
água e esgoto (0,77%).
Os ônibus urbanos tiveram o terceiro maior impacto de janeiro, com
0,07 ponto percentual e alta de 2,85%, tendo em vista reajustes nas
passagens. As maiores altas dos ônibus urbanos ocorreram no Rio de
Janeiro (4,67%), com reajuste de 13,34% em 2 de janeiro; Belo Horizonte
(4,21%), com 8,77% em 29 de dezembro; São Paulo (4%), com 16,66% em 6 de
janeiro; Salvador (2,31%), com 7% em 2 de janeiro; e Recife (1%), com
13,50% em 11 de janeiro.
Houve, também, aumento nas tarifas dos intermunicipais, que ficou em
3,89%, sob pressão do Rio de Janeiro (2,89%), com reajuste de 12,46% em
10 de janeiro; Belo Horizonte (9%), com 9,31% em 17 de dezembro; São
Paulo (8,46%), com 16,60% em 6 de janeiro; e Fortaleza (6,72%%), com 11%
em 29 de dezembro.
No grupo das Despesas Pessoais, que teve alta de 1,39%, o destaque
ficou com o item empregado doméstico, que subiu 1,49%, além de outros
serviços como cabeleireiro (1,54%) e manicure (1,82%). Além disso, foi
registrada variação de 3,02% nos cigarros, reflexo do reajuste praticado
pelas indústrias.
Dentre os índices regionais, o maior foi o do Rio de Janeiro (1,35%),
sob pressão dos alimentos (1,96%) e das tarifas de ônibus urbano
(4,67%). O menor índice foi o de Salvador (0,49%), onde os combustíveis
tiveram queda 1,56%, além da energia elétrica que também apresentou
queda (-1,91%) em função de redução das alíquotas do PIS/Cofins.
O IPCA-15 de janeiro coletou preços entre 13 de dezembro de 2014 e 13
de janeiro de 2015. O indicador refere-se às famílias com rendimento de
1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de
Janeiro, Por to Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém,
Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
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