quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Gerente da Petrobras acusa PT de receber U$ 200 milhões de dinheiro desviado da estatal.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015



Vaccari chega a sede da PF para prestar depoimento. Foto: Felipe Rau/ Estadão.


(Estadão) O ex-gerente de Serviços da Petrobrás, Pedro Barusco, afirmou à força tarefa da Operação Lava Jato, que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, recebeu US$ 50 milhões em propinas sobre 90 contratos da estatal petrolífera no período de 2003 a 2013. Barusco declarou que Vaccari recebeu o dinheiro “em nome do PT”.
 
As declarações provocaram a deflagração da explosiva My Way, nona fase da Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção envolvendo a Petrobrás. Contra Vaccari Neto, foi expedido um mandado de condução coercitiva e ele teve de prestar depoimento na sede da PF, em São Paulo. O tesoureiro falou à PF e foi liberado no início da tarde.

Barusco disse que “estima que foi pago o valor aproximado de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões ao Partidos dos Trabalhadores”. Um dos delatores da Lava Jato, Barusco foi braço direito de Renato Duque na Diretoria de Serviços da Petrobrás.

Para não ser preso, o ex-gerente decidiu fazer a delação premiada. Segundo Pedro Barusco, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, conduzido nesta quinta feira, 5, para depor na Polícia Federal em São Paulo, recebeu US$ 4,523 milhões “a título de propina do estaleiro Kepell Fels”.

Segundo integrantes da força-tarefa da Lava Jato, a operação de hoje teve como objetivo coletar provas de desvios ocorridos na diretoria de Serviços da Petrobrás. Onze operadores teriam participado do esquema, entre eles, o tesoureiro.

A Polícia Federal afirma que a nova etapa é resultado da análise de documentos e contratos já apreendidos por ela, além de informações repassadas por um dos investigados e de denúncias de uma ex-funcionária de uma das empresas alvo da Lava Jato.

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