Rodrigo Constantino-VEJA
Superou todas as
expectativas: cerca de dois milhões de brasileiros foram às ruas em
várias cidades do país para protestar contra o governo Dilma e o PT. São
Paulo liderou, com metade deste montante. Em todo lugar, foi um
ambiente de muita revolta e indignação, mas pacífico e familiar. Em
Copacabana, levei minha filha e vi várias crianças e adolescentes. Os
mascarados infiltrados não tiveram vez.
O contraste fica evidente:
na sexta-feira 13, pelegos da CUT e “soldados” do “exército de Stédile”
colocaram alguns gatos pingados nas ruas, a maioria em troca de
mortadela e R$ 35. Havia ali até imigrantes que nem falam português.
Foram apenas pelo dinheiro. Um “protesto” chapa-branca esquizofrênico,
contra o governo, mas a favor de Dilma.
O PT perdeu o controle das
ruas, não tem mais o monopólio da mobilização das massas. Fala em nome
dos trabalhadores, mas os esfola com a inflação elevada e os impostos
crescentes. Precisa pagar para reunir algumas pessoas em defesa da
presidente, e faz isso em dia de semana, pois os “trabalhadores” ali
presentes não trabalham: querem somente esmolas estatais.
Já no domingo os
verdadeiros trabalhadores trocaram o dia de descanso pelo dever cívico
de se manifestar contra um governo mentiroso, incompetente e corrupto.
Sem organização partidária, foi um protesto totalmente espontâneo da
parcela da população que não aguenta mais tanta roubalheira e cinismo.
Essas pessoas querem um país melhor, desejam resgatar o direito de
sonhar com o futuro, manter a esperança usurpada pelo governo.
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