terça-feira, 17 de março de 2015

Réquiem para o PT. E um aviso para Dilma: isto foi só começo. P.S.: réquiem também para a Folha de São Paulo, que reduziu a manifestação na capital paulista a 210 mil pessoas (não podia ser 210.001). Afundou junto com o PT.


Um fantasma perambula no Palácio do Planalto.
Caríssimos leitores, não morri nem fugi do 15 de março da democracia. Viajei de Floripa a Joinville para ver, à noite, o magnífico O Quebra-nozes, apresentado pelo Balé Bolshoi. Joinville tem a única escola do balé russo no exterior e comemorou, ontem, os 15 anos da instituição, que já integra o roteiro da cidade. Os bailarinos Anna Nikulina  e Alexander Volchkov vieram da Rússia para o evento. Estive na manifestação do 15 por lá, que reuniu muita gente, apesar da chuva - intensa chuva que prejudicou a (pífia) rede wi-fi do hotel em que estava. 

Mas vamos ao tema. 

1) Quase dois milhões de pessoas nas ruas pelo país afora - um milhão em São Paulo, a caixa de ressonância do Brasil;

2) Encagaçado, o governo Dilma botou dois ministros a falar sobre o maior manifesto cívico do Brasil. Cardozão, o ministro da Justiça petista, tinha até tremor nos lábios. Botava e tirava os oculinhos e vomitava abstrações, pois está longe da realidade. Rossetto, o ministro comunista gaúcho, fez até pior, insultando os manifestantes ao dizer que se tratava de eleitores da oposição (cadê as as pesquisas, canastrão?). Resumindo: ambos os petistas desconhecem a realidade, inclusive visual: milhões nas ruas, ofuscando as TVs;

3) Significativo: enquanto os dois defendiam o medíocre governo que representam, o Brasil batia panelas, o grande símbolo dessas manifestações. 

4) Outro fato significativo: Renato Duque, o preposto de José Dirceu na Petrobras, solto pelo ministro Teori Zavascki, do STF, foi preso outra vez justamente um dia depois da manifestação. Como se sabe, Lula intercedeu pelo bandido que sabe demais. Ponto para os manifestantes, mas que cheira a desespero institucional, cheira;

5) Ah, ninguém nas ruas pediu a tal de "reforma política": isto é golpe bolivariano dos petistas;

6) Deu, PT, deu, Dilma. Uma pá de cal para vocês, com muito prazer. E não pensem que isto terminou no dia 15: a porta do inferno apenas se abriu. 

P.S.: réquiem também para a Folha de São Paulo, que reduziu a manifestação na capital paulista a 210 mil pessoas (não podia ser 210.001). Afundou junto com o PT.

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