quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Núcleo Bandeirante: Problemas de metrópole

Lixo, falta de estacionamento e insegurança são algumas dificuldades que atingem a população


Ludmila Rocha
ludmila.rocha@jornaldebrasilia.com.br

O Núcleo Bandeirante, situado a cerca de 12 km do Plano Piloto, abrigou operários que trabalharam na construção da nova capital federal. 

Hoje, com 58 anos e mais de 40 mil habitantes, a cidade ainda conserva o jeito de interior, mas começa a enfrentar problemas comuns às metrópoles. Lixo acumulado, lojas invadindo a área pública, falta de passagens para pedestres e asfalto ruim são alguns exemplos.


Com o aumento populacional, um dos maiores problemas da cidade é a falta de saídas para os veículos. De acordo com moradores, após a construção de um viaduto, em 2012, um dos três acessos que ligam a Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB) foi fechado. Além disso, em horários de pico, muitos motoristas desviam e passam por dentro da cidade afim de evitar o trânsito. Como as vias são estreitas e não comportam o fluxo, formam-se quilométricos engarrafamentos na parte interna. 


Pedestres
Também há poucas passagens para pedestres. Não há passarelas, e, na área central, as faixas de pedestre estão mais próximas da saída, que escoa na EPNB, do que da parte que liga a área residencial a comercial, onde se concentra o maior fluxo de transeuntes. É comum ver pessoas esperando cinco, até dez minutos, para conseguir atravessar. Existe rebaixamento para cadeirantes, mas a frente deles não há faixa, como de costume.  A sinalização das vias também precisa de reforço. As poucas faixas para travessia estão quase apagadas.
“É um sacrifício atravessar. Principalmente para pessoas idosas como eu. Preciso ir até lá embaixo para usar a faixa, já que, por causa do balão central, há carros vindo de todas as direções e em alta velocidade. Várias pessoas já se acidentaram”, reclama Armelinda da Conceição, 75 anos.


Buracos
O asfalto está velho e precisando de recapeamento. Nas avenidas principais, a condição é um pouco melhor, mas basta entrar nas entre quadras para ver que tanto as calçadas quanto o asfalto estão se soltando e começam a surgir buracos. 
Há calçadas quebradas e mato alto. Muitas vezes, cansados de esperar uma atitude das autoridades, os moradores se encarregam de capinar as áreas em frente às casas.


Nem a segurança é a mesma
Procurada, a administração regional da cidade garantiu que instalará 40 contêineres e 80 lixeiras novas, com concentração maior na região central, ainda neste primeiro semestre. Entretanto, segundo o administrador Elias Dias Carneiro, é preciso que a população colabore e respeite os horários para o descarte do lixo. “Os caminhões fazem a coleta,  diariamente, no período noturno. Sendo assim, pedimos a colaboração de moradores e comerciantes para que só coloquem o lixo na rua após às 18h30”.


Desordem
Além do lixo, quem transita pela cidade também precisa driblar os manequins, placas e até produtos expostos no meio do passeio. Isso porque é comum encontrar lojas que ultrapassam os limites dos lotes e invadem a área pública, ocupando as calçadas. 
Até a segurança pública, da qual os moradores tanto se orgulham, está deixando de ser uma característica do Núcleo Bandeirante. “Aqui já foi muito tranquilo. Mas, ultimamente, assaltos, sequestros relâmpago e até homicídios têm ocorrido com mais frequência”, lamenta diretora comunitária do Conselho de Segurança (Conseg) da cidade, Maria Ramos.


Demandas para o Detran
A Administração Regional do Núcleo Bandeirante também deu respostas aos outros problemas citados. Sobre as condições do asfalto e sinalização ilegível, o administrador Elias Dias Carneiro explicou que o Programa Asfalto Novo está na cidade e deve recapear primeiro as avenidas principais, e, posteriormente, as entrequadras. “Por isso ainda não repintamos a sinalização. Vamos esperar o recapeamento”, pontuou.  


Pedidos
Quanto a novas faixas de pedestres, Carneiro explica que não é de competência da administração. “Encaminhamos as demandas recebidas da população para o Detran. O órgão é que avalia a possibilidade de acatar as solicitações. Portanto, antes de mais nada, os moradores precisam encaminhar uma solicitação formal à administração por meio de ofício e/ou abaixo assinado, ou pela ouvidoria, no 162”. 

 Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

Nenhum comentário: